O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse hoje que, enquanto os países ricos são os maiores emissores de gases de efeito estufa, os países mais pobres, que têm atrasos em infraestrutura, são os que mais enfrentam as consequências das mudanças climáticas.
Após mencionar que 2023 foi o ano mais quente no mundo em 174 anos de medições meteorológicas, Alckmin apontou o Brasil entre os países mais vulneráveis às alterações no clima, com situação “mais delicada” nas regiões Norte e Nordeste. Ele pontuou que dois terços dos municípios brasileiros foram afetados pelas mudanças climáticas.
Em abertura do seminário “Brasil rumo à COP 30″, realizado pela Editora Globo, Alckmin reiterou o compromisso do Brasil tanto no combate a mudanças climáticas quanto na descarbonização. Também destacou as oportunidades e vantagens comparativas na transição do mundo a fontes de energia mais limpas.
O vice-presidente disse que o Brasil é protagonista em três dos debates mais importantes do momento no mundo, listando, além da agenda climática, a segurança alimentar e a segurança energética.
A fonte renovável de energia elétrica - da qual 55% vêm de hidrelétricas e 35% de geradores de energia solar e eólica - vai abrir, segundo Alckmin, inúmeras oportunidades de investimento no País em meio à transição para a economia de baixo carbono.
Por outro lado, ressaltou ele, a prioridade do País deve estar no desmatamento, responsável por 50% das emissões do Brasil. Alckmin citou a redução de 50% do desmatamento na Amazônia em 2023, primeiro ano do mandato, como a demonstração do sucesso do governo nessa frente. “Uma curva que vinha crescendo caiu 50% no primeiro ano”, frisou o vice-presidente.
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