BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,959 bilhões em outubro. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 1º, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o valor foi alcançado com exportações de US$ 29,484 bilhões e importações de US$ 20,525 bilhões.
De acordo com o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do ministério, Herlon Brandão, em outubro, o Brasil alcançou os maiores valores de exportação e de superávit comercial para o mês na série histórica.
No ano, até o mês, a balança comercial acumula superávit de US$ 80,212 bilhões, com exportações de US$ 282,471 bilhões e importações de US$ 202,258 bilhões.
O resultado para outubro ficou próximo da mediana das expectativas do Projeções Broadcast, que indicava superávit comercial de US$ 9 bilhões em outubro. As projeções iam de US$ 7,9 bilhões a US$ 9,507 bilhões.
A média diária das exportações registrou queda em outubro de 0,7% se comparado a igual período do ano passado, com recuo de US$ 7,91 milhões (-2,5%) em Agropecuária; crescimento de US$ 72,43 milhões (26,4%) em Indústria Extrativa e redução de US$ 74,22 milhões (-9,1%) em produtos da Indústria de Transformação.
Já a média diária das importações também caiu, em 20,9%, com recuo de US$ 6,56 milhões (-28,1%) em Agropecuária; queda de US$ 6,17 milhões (-7,1%) em Indústria Extrativa e baixa de US$ 243,92 milhões (-21,9%) em produtos da Indústria de Transformação.
Recordes
A balança também apresentou recorde de exportação no acumulado dos dez primeiros meses do ano, com US$ 282,5 bilhões. Os números levam ao maior saldo comercial da série histórica, que já acumula US$ 80,2 bilhões neste ano, ultrapassando inclusive o valor de anos fechados.
“Ultrapassamos US$ 80 bilhões em saldo comercial. O Brasil nunca teve saldo comercial dessa monta”, destacou Brandão em entrevista à imprensa sobre os dados de outubro.
Sobre a desempenho do mês, ele ressaltou o crescimento no volume das exportações, com alta de 13,7%. Segundo Brandão, a queda de 0,7% registrada na média diária das vendas em outubro se deu em razão da quantidade maior de dias úteis no mês em relação ao mesmo período do ano passado.
O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic ainda pontuou o peso exercido pelo minério de ferro nas exportações de outubro, cujo valor cresceu 36%, puxado pelo aumento de volume (14,6%), mas principalmente de preço, que avançou 18,6%. O dado ajudou também nas vendas para a China, grande comprador de minério de ferro brasileiro. No geral, as vendas para o país asiático cresceram 22,4% no mês.
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