A Braskem foi ao mercado externo nesta quarta-feira, 8, e captou US$ 1 bilhão em títulos de dívida (bonds), a primeira empresa brasileira a emitir no exterior em 2023 e a primeira emissão externa brasileira desde abril do ano passado.
Com forte demanda pelos papéis, que superou US$ 6,1 bilhões, a oferta pode abrir caminho para que mais companhias brasileiras acessem o mercado internacional, em um momento de bancos mais cautelosos no crédito, de acordo com fontes.
Com a forte demanda, a Braskem conseguiu reduzir a taxa de juros paga aos investidores para 7,25%. Inicialmente, a sinalização era de uma taxa ao redor de 7,75%. A procura também estimulou o aumento da oferta, que foi a mercado como uma captação “benchmark”, normalmente de US$ 500 milhões. Os bonds vencem em 2033.
Parte dos recursos vão ser usados para o pagamento de dívidas, segundo fontes. A Braskem têm US$ 300 milhões em bonds que vencem em fevereiro de 2024. As reuniões com investidores começaram na segunda-feira e nos encontros já houve mostra do interesse pelo papel. Havia escassez de papéis brasileiro lá fora, segundo uma fonte da Faria Lima.
Desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou que iria reduzir o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos, por conta da perda de fôlego da inflação, e a China reabriu a economia, melhorando a perspectiva ara a atividade econômica dos principais mercados do planeta, os investidores foram as compras de papéis corporativos, de acordo com gestores. Tem havido forte demanda nas emissões de empresas e governos de países emergentes neste início de 2023.
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