PUBLICIDADE

Publicidade

Caixa troca primeiro membro da cúpula após indicado pelo Centrão assumir o banco

Júlio Volpp foi destituído da vice-presidência de rede de varejo do banco público

Foto do author Matheus Piovesana

A Caixa Econômica Federal informou que Júlio Volpp foi destituído do cargo de vice-presidente de Rede de Varejo. Trata-se da primeira saída de um membro da cúpula do banco público na gestão de Carlos Antônio Vieira, que assumiu a presidência da Caixa no início deste mês, após a demissão de Rita Serrano - que perdeu o cargo em um movimento do presidente Lula para ceder mais poder ao Centrão em troca de apoio parlamentar. Vieira chegou ao cargo apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após meses de negociações com o governo Lula.

PUBLICIDADE

Funcionário do banco há mais de duas décadas, Júlio Volpp ocupava o cargo desde o ano passado, quando a presidente da Caixa era Daniella Marques. Neste ano, com a troca de governo e de gestão, ele foi mantido no posto pela ex-presidente Rita Serrano, ainda que sob protestos internos diante do fato de ele ter ocupado um posto de dirigente durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“A Caixa agradece as contribuições, profissionalismo e dedicação, desejando-lhe sucesso nos novos desafios”, diz o banco público em comunicado ao mercado. Enquanto a seleção do novo vice acontece, a área será comandada interinamente pelo diretor de Governança, Estratégia e Marketing, Adriano Assis Matias.

Posse do novo presidente Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira, que chegou ao cargo apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.  Foto: Wilton Junior/Estadão

A expectativa é de que praticamente todos os vice-presidentes da Caixa sejam trocados, à exceção da vice de Habitação, Inês Magalhães, que tem maior trânsito político e ligações com o PT. Publicamente, Vieira tem feito deferências a Serrano e à equipe que trabalhou com ela, afirmando que ela e seus vices ajudaram a recuperar os resultados e a posição da Caixa na economia do País.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.