Caixa reduz juro do crédito consignado do INSS para 1,7% ao mês após corte da Selic

Redução nas taxas será de 2,3%, segundo o banco; atualmente, o teto da modalidade permitido aos bancos é de 1,97% ao mês

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Foto do author Matheus Piovesana

A Caixa Econômica Federal (CEF) vai reduzir os juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS a partir de quinta-feira, 3, informou o banco público com exclusividade ao Estadão/Broadcast. As taxas cairão de 1,74% ao mês para a partir de 1,70% ao mês, o que, segundo a Caixa, é uma redução de 2,3%.

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A redução vem após o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar em 0,5 ponto porcentual a taxa Selic, nesta quarta, reduzindo o juro básico do País a 13,25% ao ano. O Banco do Brasil também anunciou cortes em juros de linhas de crédito.

A Caixa afirma que, em contratos com valor líquido de R$ 10 mil, por exemplo, em 84 meses, a economia total com a nova taxa passa a ser superior ao valor de uma prestação, ao final do pagamento do contrato.

“A medida contribui com a organização das finanças dos clientes, em conjunto com as atuais ações vigentes do banco de negociação de dívidas, e para o crescimento da economia do País”, afirma a presidente da Caixa, Rita Serrano. “Vamos proporcionar aos nossos clientes taxas justas e adequadas à realidade do País, de desenvolvimento e crescimento.”

Segundo Rita Serrano, redução nos juros do consignado contribui com a organização das finanças dos clientes Foto: Caio Santana

A Caixa tem uma posição importante no consignado para beneficiários do INSS, modalidade com um teto de juros estipulado pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Atualmente, o teto permitido aos bancos é de 1,97% ao mês.

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No início do ano, o CNPS reduziu o teto de 2,14% para 1,70%, o que levou os bancos, inclusive a Caixa e o BB, a suspenderem a oferta da modalidade por algumas semanas. As instituições argumentaram que com a Selic em 13,75% ao ano e o teto imposto naquele momento, o produto passaria a ter margem negativa.

A Caixa, por sua vez, afirmou também que não conseguiria absorver a demanda do mercado sozinha caso mantivesse o atendimento à linha, mesmo que já praticasse juros abaixo do teto. Semanas depois, após uma negociação entre os bancos e os ministérios da Previdência e da Fazenda, o teto foi para 1,97% ao mês, e os bancos voltaram a oferecer a linha de crédito.

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