O México deverá registrar queda nas exportações e na captação de investimentos, mas sairá fortalecido da crise financeira global, disse neste sábado o presidente do país, Felipe Calderón, citando as medidas adotadas para impulsionar o crescimento econômico e o nível de emprego. Calderón, que participa do fórum para a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) realizado em Lima, Peru, disse que a estreita relação comercial entre México e Estados Unidos, onde a crise começou, afetará o desempenho econômico do país e de outras nações latino-americanas. "Estamos realizando reformas estruturais porque sabemos que qualquer que seja a conjuntura do momento, o México sabe onde ir, onde tem que chegar", afirmou. Ele comentou que as reformas nas quais baseia seu otimismo vão desde o sistema previdenciário até o campo energético. "Quando a tormenta passar teremos uma economia mais forte, com mais emprego e crescimento." De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação mexicana deve terminar o ano em 4,9%. Para 2009 a previsão é de 4,2%. Já o governo estima que a economia crescerá 2% em 2008, ante 3,3% em 2007. "Precisamos deter o pânico generalizado que é o que está abatendo a economia nas últimas semanas. Algo que a ciência econômica ensina é que não há bonança, nem crise eterna. Há ciclos econômicos, altas e baixas." O México é um dos três países membros da Apec, junto com Peru e Chile.
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