Após anúncio do governo na segunda-feira, 5, do pacote de medidas de estímulo à venda dos carros novos, em especial os considerados “mais populares”, montadoras divulgaram redução nos preços das tabelas sugeridas que chegam a R$ 10 mil. É o caso do Renault Kwid, que já era o mais barato do mercado ao preço de R$ 68.990, e passou a custar R$ 58.990.
A Renault informou, em comunicado, que está concedendo um incentivo adicional de R$ 2 mil, além do desconto de R$ 8 mil anunciado pelo governo federal. A expectativa agora é em relação ao preço do Fiat Mobi, que antes das medidas dividia com o Kwid o título de mais barato, mas ainda não teve o novo valor divulgado pela Stellantis, dona da marca.
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A Volkswagen baixou o preço do Novo Polo 1.0 de R$ 82.290 para R$ 74.990. O SUV T-Cross teve o maior desconto entre os modelos da marca, de R$ 9 mil, passando a custar R$ 107.550. Ainda assim, a empresa mantém a decisão de suspender os contratos de trabalho na fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde o modelo é produzido. Trabalhadores de um dos turnos da unidade entraram em lay-off ontem por período de dois a cinco meses.
Já a Fiat está com uma campanha de marketing: “Prepare-se para comprar seu Fiat 0 km com incentivo do governo!” em seu site. Os preços dos carros, como o Argo e o Mobi, foram retirados do ar e trocados por um aviso: “Em breve oferta com preços reduzidos”.
Os modelos de outras marcas que também pertencem ao grupo Stellantis já estão mais baratos. O Peugeot 208 teve o valor reduzido de R$ 69.990 para R$ 62.990 na versão Fitefly, enquanto o da Style baixou de R$ 86.990 para R$ 75.990. O Citorën C3 Live também passou a custar R$ 62.990.
No modelo Renegade, da Jeep, o preço da versão 1.3 Turbo passou de R$ 125.990 para R$ 115.990 e a versão Sport de R$ 134.990 para também RS 11.990. Na Hyundai, o preço do Novo HB20 Sense 1.0 anunciado em seu site baixou de R$ 82.290 para R$ 74.290.
Cai previsão de vendas
A lista de todos os modelos que entram no programa do governo ainda não está disponível e deve sair até o final da semana. O governo espera que ocorra uma concorrência entre as fabricantes para estimular as compras por parte dos consumidores.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, no entanto, calcula que haverá vendas extras de cerca de 100 mil a 110 mil veículos em razão dos incentivos. Na semana passada sua previsão era mais otimista, de 200 mil a 300 mil unidades.
O programa
As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, que começam a contar a partir da publicação da medida provisória, no dia 5. O prazo pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.
Terão descontos os veículos com valor de até R$ 120 mil. Haverá sete faixas de descontos, que vão variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil, como antecipou o Estadão na sexta-feira, 2.
Poderá haver ainda outros descontos, a critério exclusivo de montadoras e concessionárias. O limite até R$ 120 mil alcança cerca de 45% dos modelos disponíveis, segundo o governo./ COLABOU CLEIDE SILVA
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