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Caso Waldomiro não muda expectativa de crescimento, diz Sobeet

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise política detonada pelo caso Waldomiro Diniz, ex-assessor de Assuntos Parlamentares do Palácio do Planalto, não vai contaminar as expectativas sobre o crescimento da economia do País este ano, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet), Antônio Corrêa de Lacerda. "Acho que esse assunto não deve progredir muito mais", afirma o economista. Ele acredita que, quando muito, essa discussão política tomará parte da agenda do Congresso e poderá atrasar a pauta do Legislativo. "Não vejo como isso (a denúncia) possa comprometer a economia, já que todos os elementos básicos estão dados para crescer os 3,5% a 4% estimados para este ano", explica Lacerda, ao se referi ao cenário externo favorável e às contas fiscais ajustadas. O presidente da Sobeet acredita, no entanto, que, se houver fatos novos, com denúncias que possam comprometer a imagem do governo e tomar definitivamente a agenda do Congresso, o cenário muda. "Aí teremos de revisar as nossas estimativas", acrescenta o economista. Juros Lacerda disse que a decisão de manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 16,5% ao ano, anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ?era mais do que esperada dentro desse conservadorismo do Banco Central?. Segundo ele, ?a cada mês que a autoridade monetária atrasa a decisão de baixar os juros atrasa também a decisão dos investimentos (do setor privado) e encarece a dívida pública". O presidente da Sobeet acredita que, apesar desse atraso e do conservadorismo do BC, a principal taxa de juros do País cairá para 13% ao ano até o final do ano. "Espaço para reduzir há, o que garantiria o crescimento econômico de 3,5% a 4% em 2003", afirma Lacerda. "Os juros estão muito altos, mas temos espaço para reduzir para um patamar de 13% até dezembro, o que permitiria chegar a uma taxa real de juro anual de 7% a 8%."

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