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Opinião | Desconstruir os riscos para construir as oportunidades

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Por Wal Flor

Itaú aposta no engajamento de clientes para atingir seus compromissos em 2050.

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As mudanças climáticas e a desigualdade social são temas que cada vez mais ganham espaço na agenda corporativa. De olho nas oportunidades, ou para atender as pressões sofridas por diferentes stakeholders, as grandes companhias brasileiras já adquiriram seus compromissos para 2030 e 2050. O desafio maior agora é trazer clientes e fornecedores para a jornada.   

E é exatamente neste cenário que o Itaú tem dedicado seus maiores esforços. Com o objetivo de ser o banco da transição para seus clientes, em conversa recente com a equipe de sustentabilidade, a diretora da área, Luciana Nicola, ressaltou que a instituição tem desenvolvido diversas iniciativas para entender as dores e as barreiras setoriais de seus clientes. 

Entre as iniciativas mais relevantes, destaca-se o compromisso de financiar 400 bilhões de reais até 2025 em setores que promovam impactos sociais e ambientais positivos, como educação, saúde, energia limpa e agro sustentável. Este montante representa um terço de crédito anual do banco e os esforços da organização estão adaptados para atender 3 segmentos de clientes: 

. Grandes empresas que já possuem compromissos públicos: para esse grupo oferece suporte para diversificação de portfólio e compartilha boas práticas de outros clientes, além de buscar soluções mais customizadas no Cubo, o hub de tecnologia e inovação, onde o Itaú é um dos principais apoiadores.

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. Empresas que ainda não possuem compromissos formalizados: para esse grupo realiza eventos e workshops para estimular a reflexão dos clientes, principalmente sobre a importância da realização do inventário de emissões.

. Empresas céticas quanto à relevância da sustentabilidade: estes que decidem permanecer às margens do movimento, representam um dos segmentos mais desafiadores para o banco. Neste caso, a estratégia de engajamento adotada consiste em evidenciar a ameaça tangível e crescente relacionada ao acesso mais restrito ou taxas mais elevadas para se obter o crédito.  

Ainda para acompanhar o plano de descarbonização de seus clientes, o banco investe numa investigação profunda para apurar as práticas sustentáveis, indo além de selos sustentáveis. A evolução da tecnologia tem se tornado um importante aliado para confrontar as diversas informações que são necessárias para avaliar a cadeia de valor das empresas.

Além do engajamento dos clientes, Nicola afirma que também articula com o Banco Central, e os poderes  legislativo e executivo para melhorar o custo do capital e oferecer melhores condições para clientes mais sustentáveis. Fábio Guido, gerente de sustentabilidade da área, ressalta ainda que atualmente o custo de capital para negócios de impacto tem o mesmo custo que os negócios de maior risco socioambiental.  Assim, o investimento para oferecer melhores taxas e prazos para estas empresas são do próprio banco ou, em alguns casos, agentes internacionais como IFC, organização social sem fins lucrativos do banco mundial.  Um bom exemplo é o  programa autoral Mulheres Empreendedoras, realizado em parceria com o IFC, que oferece capacitação e créditos mais acessíveis para mulheres que estão à frente dos negócios.

 

Segundo Guido, outra aposta do banco está na megabiodiversidade brasileira. E a questão norteadora principal é: como  transformar a biodiversidade em bioeconomia? De acordo com pesquisas internas do Itaú, cerca de 50% da população do bioma da Amazônia não está bancarizada, pois ainda não tem nenhuma renda. Desta forma, não é possível oferecer crédito e estruturar o mercado se torna ainda mais desafiador. Neste cenário, fomentar políticas públicas como a regularização fundiária, além de agregar valor na cadeia dos bioativos, são iniciativas que estão na lista prioritária para fomentar a economia nos principais biomas brasileiros. 

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Com a COP 30 prevista para acontecer no Pará em 2025, o Itaú vê uma oportunidade de destacar o potencial do Brasil no cenário global de sustentabilidade e ressalta que nenhum outro país do mundo tem as mesmas vantagens.  Diversas áreas do banco estão mobilizadas e pesquisando novos produtos financeiros e instrumentos para contribuir com o movimento. O tão sonhado acordo de Belém será essencial para acelerar essa transição e a instituição está empenhada em levar casos de sucesso para o evento, demonstrando como é possível aliar desenvolvimento econômico e social à conservação ambiental. 

Ainda há muito para ser feito, mas a consistência do Itaú com a sustentabilidade reflete um entendimento de que os desafios climáticos e sociais de hoje são, na verdade, oportunidades para repensar modelos de negócios e promover um futuro mais sustentável. A jornada é complexa e requer a colaboração de todos os setores da sociedade, mas o banco se posiciona como um líder nesse movimento, buscando não apenas reduzir seus impactos negativos, mas também ampliar seu impacto positivo no mundo. Não por acaso, o banco tem se posicionado como feito de futuro.  

E você, já pensou como transformar a sustentabilidade em uma vantagem competitiva e inovadora para o seu negócio?

Opinião por Wal Flor
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