O jornal Valor Econômico desta segunda-feira, 4, traz a informação de que a diretoria da Petrobrás está propensa a reduzir os preços dos combustíveis ao consumidor, mas encontra forte resistência do Conselho de Administração.
Os preços da gasolina estão hoje mais de 50% acima dos preços internacionais e os do diesel, 71%.
A diretoria argumenta que os preços internos substancialmente mais elevados não só derrubaram o consumo, mas também criaram condições para importação por empresas independentes. (A Cosan pode ser uma delas).
Já o Conselho de Administração prefere manter os preços atuais de maneira a garantir recomposição do caixa da Petrobrás, fortemente delapidado com a política populista de preços achatados de 2011 a 2014.
Se prevalecer o ponto de vista da diretoria, a redução de preços concorrerá para reduzir a inflação e, num segundo momento, para reduzir os juros básicos (Selic). Além disso, pode produzir um respiro de agenda positiva para o governo Dilma.
Quem não vai gostar são os usineiros cujo produto, o etanol, terá de competir com uma gasolina mais barata.
Por conta dessas especulações, as ações preferencias da Petrobrás despencavam mais de 6% por volta das 14h30 dessa segunda-feira, 4.
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