CEO do Bradesco diz que banco tem 42 mil processos trabalhistas na Justiça: ‘É absurdo’

Em evento no BNDES, Octavio de Lazari defendeu crescimento como único caminho para garantir melhora dos indicadores sociais, mas disse que necessidade do País crescer tem sido relativizada

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RIO - O CEO do Bradesco e presidente do conselho diretor da Febraban, Octavio de Lazari, disse nesta segunda-feira, 30, que o banco é alvo de 42 mil processos trabalhistas e que os outros grandes bancos privados do País têm números parecidos.

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“Temos 42 mil processos trabalhistas na Justiça. Não estou dizendo que somos santos, que não erramos. Mas 42 mil processos é absurdo”, comentou.

Segundo o executivo, o número de processos e valores envolvidos é atualizado e discutido semanalmente no Bradesco. “O cível é outro grande desafio”, disse. “A forma como certos escritórios de advocacia agem é preocupante.”

Lazari participou do Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, na sede do banco de fomento, na região central do Rio.

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Durante o evento, ele defendeu que o crescimento é o único caminho capaz de garantir a melhora dos indicadores sociais. “A gente não pode relativizar a única coisa que pode tirar a gente da situação atual.”

CEO do Bradesco critica o que considera um excesso de processos trabalhistas Foto: Hélvio Romero / Estadão

O executivo enfatizou que programas sociais, dinheiro público e determinações das cortes não são suficientes para proteger a população mais carente sem crescimento econômico. “É matemática. Arrecada e aplica. Mas se o País não crescer, nada disso é possível”, disse.

Segundo ele, a necessidade de crescimento começou a ser relativizada. “Estamos começando a relativizar o crescimento do País.” Para o executivo, a reforma tributária deve simplificar o arcabouço fiscal para assegurar a atração de investimentos.

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