CEO da Petz: Respeito quem acha que distribuir renda é coisa de comunista; acho que é de empresário

Para Sergio Zimerman, é possível encampar valores pessoais e da companhia quando se fala de políticas públicas; segundo ele, porém, é importante deixar política partidária de lado

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Foto do author Talita Nascimento
Atualização:

Para o CEO da Petz, Sergio Zimerman, desagradar investidores faz parte das implicações de ser uma empresa de capital aberto. Ele participou nesta sexta-feira, 27, de um seminário organizado pelo Lide, em São Paulo, no qual reconheceu que a companhia terá pela frente desafios de manter seus padrões de governança corporativa no processo de junção com a Cobasi.

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“Não agradamos a todos os investidores, nem deveríamos. Há investidores focados no próximo trimestre, no curto prazo. Quando se prioriza isso, pode-se prejudicar o longo prazo. É uma escolha”, disse.

Para ele, é possível encampar seus valores pessoais e da companhia quando se fala de políticas públicas. “Quando eu falo que o Brasil deveria ter uma melhor distribuição de renda, respeito quem acha que isso é coisa de comunista, mas eu acho que isso é coisa de empresário”, disse. Para ele, porém, o importante é deixar a política partidária de lado, já que em empresas de varejo, o público terá simpatizantes de todos os espectros políticos.

CEO da Petz diz que empresa tem tomado cuidados para manter padrões de governança Foto: Divulgação/Petz

Em relação à manutenção dos padrões de governança, ele disse que a Petz tem tomado cuidados. “Teremos novos desafios, já que somos uma empresa aberta em uma fusão com uma empresa fechada.”

Na história da empresa, os processos de governança corporativa foram estabelecidos a partir da chegada do fundo de investimentos Warburg Pincus, que deixou a companhia em 2020, após a abertura de capital da varejista. “Quando buscamos um fundo, buscamos profissionalização, governança corporativa e musculatura financeira”, disse Zimerman.

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