O CEO da montadora Stellantis, Carlos Tavares, pediu demissão no domingo 1, segundo comunicado da empresa. A saída do executivo ocorre num momento de declínio nos lucros e queda nas vendas em sua principal região, a América do Norte.
Tavares liderou a criação da empresa em uma fusão em 2021 da Fiat Chrysler Automobiles e da Peugeot SA da França. A empresa é uma das maiores montadoras de automóveis do mundo e produz veículos sob uma série de marcas, incluindo Chrysler, Jeep, Ram, Dodge, Fiat, Peugeot, Opel e Maserati.
“O sucesso da Stellantis desde a sua criação tem sido baseado em um alinhamento perfeito entre os acionistas de referência, o conselho e o CEO”, disse o diretor independente sênior da empresa, Henri de Castries, em um comunicado. “No entanto, nas últimas semanas, surgiram pontos de vista diferentes que resultaram na decisão de hoje do conselho e do CEO.”
A renúncia de Tavares entra em vigor imediatamente, disse a empresa no comunicado. No início deste ano, Tavares havia anunciado que planejava se aposentar no final de seu contrato atual, em 2026. A empresa também disse que a busca de um sucessor por um comitê especial do conselho está “bem encaminhada”. Acrescentou que um novo comitê executivo, liderado por John Elkann, presidente do conselho do Stellantis, dirigiria a empresa até que um substituto permanente para Tavares fosse nomeado.
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Sob o comando de Tavares, 66 anos, a Stellantis prosperou por um tempo após a fusão transatlântica e registrou um lucro recorde de € 18,6 bilhões (R$ 118,5 bilhões) em 2023. Mas seus lucros caíram este ano, pois as vendas nos Estados Unidos caíram significativamente. A empresa demorou a igualar as reduções de preços e os incentivos de vendas dos rivais, elevando os estoques dos revendedores.
Em outubro, a Stellantis emitiu um aviso de lucros, dizendo que o custo de consertar suas operações nos EUA prejudicaria seus resultados. Especificamente, a empresa disse que o lucro operacional seria, na melhor das hipóteses, de 7% das vendas, em comparação com uma previsão anterior de mais de 10%.
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