O chefe do banco japonês Nomura, Kentaro Okuda, pediu desculpas e decidiu voluntariamente reduzir seu próprio salário após um ex-funcionário ser acusado de roubo e tentativa de assassinato de um cliente. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Okuda terá uma redução de 30% no salário pelos próximos três meses. Outros altos executivos do banco também aceitaram cortes similares, segundo comunicou a instituição.
De acordo com a reportagem, o funcionário supostamente drogou um cliente idoso e seu cônjuge, e depois roubou dinheiro e incendiou a casa. O acusado, de 29 anos, foi demitido em agosto.
Okuda e três outros executivos se curvaram ao mesmo tempo como pedido de desculpas em uma entrevista coletiva concedida na terça-feira, 3. “Gostaríamos de pedir desculpas profundamente às vítimas, bem como a muitas outras pessoas envolvidas, pelo grande inconveniente e preocupações.”
O Nomura é o maior banco de investimentos do Japão. A empresa tem 26 mil funcionários em todo o mundo e escritórios em Tóquio, Londres e Nova York, segundo o jornal.
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Segunda redução do salário
Após o incidente, a empresa prometeu impor medidas para melhor detectar má conduta de funcionários e fortalecer a supervisão de visitas às casas dos clientes. A empresa também planeja atualizar seus processos de recrutamento e oferecer treinamentos éticos aos funcionários.
Segundo o banco, o ex-funcionário ingressou no Nomura Securities como recém-formado em abril de 2018. Desde abril de 2022, ele fornecia consultoria de gestão de ativos para clientes na filial de Hiroshima.
Esta é a segunda vez que Okuda reduz voluntariamente seu salário recentemente. No final de outubro, ele prometeu devolver 20% de seus vencimentos por dois meses, depois que o banco foi multado pelo regulador financeiro japonês por manipulação de futuros de títulos públicos, segundo o The Guardian.
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