A China anunciou na sexta-feira, 23, que permitirá a entrada sem visto para cidadãos de cinco países europeus e da Malásia, na tentativa de incentivar mais pessoas a visitarem o país para negócios e turismo.
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A partir de 1º de dezembro, cidadãos da França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Malásia poderão entrar na China por até 15 dias sem a necessidade de visto. O programa piloto terá validade por um ano. O objetivo é “facilitar o desenvolvimento de alta qualidade das trocas de pessoal chinês e estrangeiro e a abertura de alto nível para o mundo exterior”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em entrevista coletiva.
As rigorosas medidas da China para conter a pandemia de covid, que incluíam quarentenas obrigatórias para todos os viajantes, desencorajaram muitas pessoas de visitarem o país por quase três anos. As restrições foram suspensas no início deste ano, mas as viagens internacionais ainda não se recuperaram aos níveis pré-pandêmicos.
Anteriormente, a China permitia a entrada sem visto para cidadãos de Brunei, Japão e Cingapura, mas suspendeu essa medida após o surto de Covid-19. Retomou a entrada sem visto para Brunei e Cingapura em julho, mas não para o Japão.
Nos primeiros seis meses do ano, a China registrou 8,4 milhões de entradas e saídas de estrangeiros, de acordo com estatísticas de imigração. Isso se compara a 977 milhões em todo o ano de 2019, o último ano antes da pandemia.
A Câmara de Comércio da União Europeia na China recebeu bem o anúncio e expressou a esperança de que mais nações europeias recebessem acesso sem visto em breve. Em um comunicado, chamou isso de “uma melhoria tangível e prática, que também aumentará a confiança empresarial”.
O governo chinês tem buscado investimentos estrangeiros para impulsionar uma economia lenta, e alguns empresários têm vindo para feiras comerciais e reuniões, incluindo Elon Musk, da Tesla, e Tim Cook, da Apple. Os turistas estrangeiros ainda são uma visão rara em comparação com o período anterior à pandemia./AP
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