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Direito do consumidor

Opinião|Apertem os cintos e não briguem

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Foto do author Cláudio Considera

A proposta de regras mais duras para enquadrar passageiros brigões no transporte aéreo faz todo o sentido. Um avião não é lugar para pessoas que se envolvam em brigas e discussões. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), houve 735 ocorrências de indisciplina em voos no ano passado. Atos inaceitáveis, pois ocupa a tripulação e incomoda os demais passageiros.

Cuide dos detalhes da viagem  do filho ( Foto: Divulgação)

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai abrir consulta pública para chegar a uma proposta de regras e punições para os esquentadinhos que provocam confusão nas viagens aéreas. Será discutida, inclusive, a possibilidade de suspensão, por um ano, dos passageiros que colocarem o voo em risco.

Segurança aérea é coisa muito séria, pois se trata de um veículo que viaja no ar, com dezenas ou centenas de passageiros. Além disso, dentre os comportamentos ofensivos estão assédio sexual, troca de ofensas e até as brigas físicas, mesmo.

Em fevereiro do ano passado, uma briga atrasou um voo. Tudo começou com o pedido de uma passageira de viajar na janela, por estar acompanhada de uma criança com necessidades especiais. Houve troca de tapas, puxões de cabelo e a turma do 'deixa-disso' tentando apartar a briga, até que 15 pessoas foram obrigadas a sair do avião. A decolagem atrasou quase uma hora.

Tentar resolver as situações de conflito na base da violência não é uma triste prerrogativa do transporte aéreo. Acontece também no futebol, na Câmara dos Deputados, entre outros locais com grande visibilidade.

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Na Câmara, foi aprovado projeto de resolução que acelera a suspensão de mandato dos deputados envolvidos em brigas e demais quebras do decoro parlamentar.

 

Vamos ver como a Anac tratará os brigões nos voos. Essa bagunça tem de acabar, a fim de que os passageiros, que pagam caro para comprar suas passagens, e a tripulação, não tenham de enfrentar esse tipo de péssimo comportamento e de falta de civilidade. Apertem os cintos e se acalmem, por favor!

Opinião por Cláudio Considera

É ex-presidente do conselho da Proteste Associação de Consumidores e professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), chefe de Contas Nacionais do IBGE e diretor de Pesquisa do Ipea.

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