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Direito do consumidor

Opinião | Dos pets aos cosméticos e celulares, continuamos um grande mercado

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Por Claudio Considera

Qual o perfil do consumidor? A resposta a essa pergunta compreende bilhões de reais, centenas deles. Não sou especialista em consumo, mas o que vemos nas famílias, nas universidades, nos locais de lazer e nas ruas são jovens que vivem mais no mundo virtual do que no presencial. Para eles, o real é o virtual. Muitos não se interessam por dirigir, e não têm apego à casa própria. E temos idosos que querem ser tratados com respeito e atenção, mas que não se consideram 'velhos', no sentido de usados. Gostam de se divertir, de namorar, se exercitam e têm vaidade.

Plano de saúde: objeto de desejo Crédito: Free Images  

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A maioria das famílias têm pelo menos um animalzinho de estimação, razão pela qual o Brasil é o terceiro maior mercado pet do mundo, com 168 milhões de indivíduos (a liderança absoluta é canina).

O Brasil é o quarto maior mercado do mundo para beleza e cuidados pessoais. Somos o quinto país com mais usuários de internet, e ocupamos igual posição em smartphones. E ficamos em terceiro lugar mundial no consumo de cerveja.

Então, é fácil entender que precisamos de boa prestação de serviços tecnológicos, especialmente para o pessoal com mais de 60 anos, que também quer se conectar e acessar as redes sociais. Precisamos de boas pet shops, lojas de cosméticos, farmácias, salões de beleza, de centros de lazer e marketplaces de qualidade, com produtos variados e excelente atendimento.

Mas somente um quarto dos brasileiros tem plano de saúde, um dos principais objetos de desejo da população. Nesse caso, há uma situação um tanto absurda: as operadoras colecionam prejuízos, os beneficiários e clientes empresariais pagam caro demais, e ninguém está satisfeito.

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Pacificar esse segmento, aumentar o acesso aos planos e equilibrar financeiramente as operadoras é um grande desafio para um país que está envelhecendo rapidamente, com mais longevidade e queda da natalidade. Com a palavra, os três poderes, Agência Nacional de Saúde Suplementar, as operadoras, os hospitais, os laboratórios e as organizações de defesa do consumidor. De alguma forma, terão de entrar em acordo, porque saúde é fundamental para tudo o que fazemos em nossas vidas.

Opinião por Claudio Considera
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