Você está usando um consignado para pagar outro e assim por diante? Já começou 2025 endividado? Então, pare um instante, respire fundo, beba um gole d'água e reflita: essa é uma trajetória razoável para o ano que se inicia? Então, levante todas as despesas, incluindo as dívidas, e some-as. O total deverá ser diminuído de sua renda (salário mensal e outros ingressos de dinheiro.Se o resultado for positivo, ótimo. Basta reduzir alguns gastos que não sejam urgentes para ter uma sobra disponível para aplicação financeira, como segurança. Se der empate, muito cuidado. Corte despesas imediatamente para evitar o endividamento.
Já está endividado? Caso tenha uma aplicação financeira ou bem que possa ser vendido, utilize para zerar ou reduzir as dívidas. Não tem? Tente obter um empréstimo com juros menores para diminuir o dispêndio mensal com as dívidas.Essa hipótese não existe? Tente renegociar as dívidas com apoio de um órgão de defesa dos direitos do consumidor. Está prestes a falir e a perder qualquer possibilidade de se reerguer financeiramente? Nesse caso extremo, a Lei 14.181, conhecida como Lei do Superendividamento, abre a possibilidade de solicitar na Justiça a repactuação das dívidas. Mas, atenção, a dívida não será extinta. Você terá de elaborar um plano de pagamento com prazo de até cinco anos.Essa repactuação não vale, contudo, para dívidas com garantia real, como um carro ou imóvel. Se não houver acordo, há mais uma opção: pedir ao juiz que determine um plano de pagamento compulsório. O ideal, obviamente, é não chegar à inadimplência. Faça isso programando as compras e pagamentos mensais, comparando os preços dos produtos e serviços, não se deixando levar pelo consumismo e aproveitando todas as oportunidades para quitar os débitos em aberto. Por exemplo, com o 13º salário ou um ganho extra.
Quem tiver a tendência de gastar demais, talvez não deva usar um cartão de crédito. Ou estabelecer, com o banco ou operadora do cartão, um limite baixo, para não abusar nas compras.Esse é um momento muito adequado para pensar e agir contra as dívidas, pois já começam a chegar os boletos dos impostos predial e territorial urbano (IPTU) e sobre veículos (IPVA), as compras de material escolar e, um pouco mais à frente, o acerto anual do Imposto de Renda (IR). Aja logo!
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