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Direito do consumidor

Opinião|Faça lista de compras também para farmácia e posto de combustível

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Foto do author Cláudio Considera

Certamente, já aconselharam vocês a fazer lista de compras antes de ir ao supermercado ou a lojas de roupas, de calçados e de produtos eletroeletrônicos. É uma dica simples, derivada do bom senso, pois ajuda a controlar o consumismo, ou seja, o desejo de comprar por impulso. Nos dias atuais, também é importante fazer isso antes de ir à farmácia e posto de combustível.

 

 

Produtos podem encarecer abastecimento do carro/Estadão  

 

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Sim, porque as farmácias, nos últimos anos, são lojas que também vendem medicamentos. Há boas ofertas de sabonetes, desodorantes, perfumes, aparelhos de barbear, cremes, fraldas e, mais recentemente, até de material escolar, eletroeletrônicos etc.

 

Talvez você julgue que eu esteja exagerando. - Que mal fará comprar um lápis, uma caneta, um batom, um livro (sim, há livros em algumas farmácias)? A questão é que essas compras, que muitas vezes não custam caro individualmente, se somam aos elevados preços dos remédios de uso contínuo. E a conta final fica bem mais cara.

A propósito, esse cuidado também deve ocorrer antes de abastecer o veículo. Novamente, poderá vir um por quê. Frentistas, como bancários, atendentes de lojas, de supermercados e de farmácias, são orientados, treinados e cobrados para vender outros produtos além dos que o cliente deseja. E, geralmente, são itens mais caros, com maior margem de lucro.

 

Então, no posto de abastecimento há produtos para embelezar o carro, aditivos e a loja de conveniência. Enquanto o carro é abastecido e os pneus calibrados, o consumidor ou a consumidora poderá aproveitar para tomar um cafezinho, comprar uma bebida ou biscoitos. E, de novo, esses gastos se somarão aos do abastecimento, por si só muito caro.

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Não se trata, portanto, de pão-durismo, mas sim de controle das finanças. É só fazer as contas: quem efetua despesas inesperadas de R$ 50 por dia, subtrai R$ 1,5 mil de sua renda mensal, ou seja, mais de um salário mínimo.Fechar o mês no vermelho, portanto, nem sempre decorre de um exagero de compra, mas sim de pequenos gastos que passam despercebidos, como se fossem inexistentes. Não são. Fique de olho.

Opinião por Cláudio Considera

É ex-presidente do conselho da Proteste Associação de Consumidores e professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), chefe de Contas Nacionais do IBGE e diretor de Pesquisa do Ipea.

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