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Direito do consumidor

Opinião | Pegue leve com as despesas de Natal e Ano-Novo

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Por Claudio Considera
Movimento na black Fridray foi menor que o esperado Foto: Estadão

A sequência de cortes de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e a renegociação das dívidas (Desenrola) começaram a impactar positivamente as vendas. Além disso, a taxa de desemprego, atualmente de 7,7% (terceiro trimestre de 2023), está bem melhor do que os 14,9% do primeiro trimestre de 2021. Ainda assim, sempre vale lembrar que os juros ainda estão muito elevados, que o rendimento médio das pessoas com mais de 14 anos está em torno de somente R$ 3 mil, logo não há sinal verde para gastar.

Movimento na black Fridray foi menor que o esperado Foto: Estadão

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Endividamento é que nem doença crônica - exige cautela e acompanhamento constante. Mesmo que a pessoa se sinta bem, não está curada. Da mesma forma, dívida renegociada, emprego formal e juros mais baixos não nos garantem uma vida sem contas em atraso.

Insisto, como tenho feito frequentemente, que um orçamento doméstico é fundamental para que consigamos equilibrar renda e despesas. E que pequenos gastos, que parecem inofensivos isoladamente, podem desequilibrar as contas quando somados a várias outras despesas.Se você for um dos felizardos ou felizardas que recebem 13º salário, pense em pagar suas dívidas antes de correr para as lojas físicas ou virtuais. E mesmo se não tiver contas atrasadas, guarde parte do dinheiro para dias mais difíceis.

Todas essas observações podem parecer óbvias, mas entre o período que antecede o Natal e a comemoração desta data, cria-se um clima de consumo. Somos estimulados a fazer uma ceia com peru e acompanhamentos. Também a comprar presentes para os familiares mais próximos, amigos etc.E, nesse embalo, também sentimos vontade de nos presentear, afinal mais um ano está terminando, e trabalhamos muito para fazer jus a uma roupa nova, um smartphone, uma viagem de férias etc.

São desejos naturais e perfeitamente compreensíveis, que todos sentimos. Não devem ser suprimidos, mas temos de avaliar muito bem como gastaremos o dinheiro. Até porque, logo depois do Ano-Novo, começa um roteiro anual de gastos: matrículas escolares, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e, mais adiante, a Declaração de Imposto de Renda.

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Além disso, com a virada do ano, vários impostos ficam mais caros, bem como serviços em geral. Iniciar um novo ano com dívidas é muito ruim, pois limita muita nossas ações. Os boletos vencidos se somam a gastos como compra de material e contratação de van escolar, condomínio e plano de saúde reajustados, dentre outros.

Então, vamos festejar, nos reunir com a família, trocar presentes se possível, mas sem exagerar nas despesas A vida continuará depois das festas de final de ano.

Opinião por Claudio Considera
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