Coimex Logística quer faturar sete vezes mais este ano

Com um ano de atuação a ser completado em fevereiro, a nova empresa tem apenas 40 empregados e faturou R$ 1,5 mi em 2000.

PUBLICIDADE

Publicidade
Por Agencia Estado
Atualização:

De olho no crescente mercado para serviços de logística e no incremento do comércio eletrônico, o Grupo Coimex criou no ano passado a Coimex Logística Integrada SA. Com um ano de atuação a ser completado em fevereiro, a nova empresa tem apenas 40 empregados e faturou R$ 1,5 mi em 2000. Os planos para este ano são ambiciosos: a companhia pretende expandir em sete vezes a sua receita, chegando a R$ 10 mi. Para isso, poderá aproveitar a infra-estrutura do grupo, que inclui portos secos, armazéns, centros de distribuição e um terminal para importação e exportação de 1 milhão de metros quadrados que será construído no Porto de Santos, ao custo de US$ 100 mi. Com sede em Vitória (ES) e forte atuação na área de comércio exterior e agribusiness, o Grupo Coimex faturou R$ 1,6 bi em 99 e deve fechar o balanço de 2000, em março, com crescimento. Ao criar uma coligada para a área de logística, procura agora responder à tendência cada vez maior das indústrias de terceirizar esse tipo de serviço. Neste mercado voltado para clientes de grande porte, já atuam empresas como a americana Ryder e a Cotia Penske (braço logístico da Cotia Trading). O presidente da Coimex Logística, Robert Caracick Jr., afirma que o objetivo da sua equipe é desenvolver soluções logísticas completas para outras companhias. Ou seja, a empresa entrega à Coimex a tarefa de montar - e operar - um projeto de estocagem, armazenagem, embalagem, transporte e entrega do produto, sempre com a intenção de planejar a demanda de forma a nunca haver falta e nem sobras no estoque. No primeiro ano de atuação, a Coimex atraiu 12 clientes. De acordo com ele, são produtos com ciclo de vida cada vez mais curtos. "Alguns itens de informática, por exemplo, ´envelhecem´ a cada seis meses", explica. "Isso nos obriga a realizar constantes redesenhos no planejamento logístico". Investimentos - De acordo com Caracick, a Coimex Logística investirá cerca de R$ 2 mi este ano no incremento de tecnologia e infra-estrutura, sempre com aportes do grupo. Cerca de R$ 700 mil serão destinados à ampliação do Centro de Distribuição em Barueri (SP) de 8 mil metros quadrados, que passará a ter 12 mil metros quadrados por volta de julho. É a partir deste local que a companhia distribui produtos para a região Sudeste, principal mercado de itens de alta tecnologia. De suas bases em Vitória (ES), a empresa redistribui itens para o Nordeste e Norte do País. A Coimex tem duas Estações Aduaneiras do Interior (Eadis) no Espírito Santo, uma de 750 mil metros quadrados em Cariacica e outra de 15 mil metros quadrados no município de Serra. Segundo Caracick, nesses locais, também chamados de portos secos, a empresa pode movimentar cargas de importação e exportação. Além disso, conforme norma da Receita Federal baixada no ano passado, as Eadis também poderão agora realizar algumas atividades industriais, como embalagem e inserção de componentes nos produtos antes de transportá-los. "Desta forma, será possível agregar valor ao produto dentro do porto seco", explica Caracick. A nova empresa da Coimex poderá se beneficiar do terminal de multiuso (para vários tipos de cargas) a ser construído na Ilha de Barnabé , no Porto de Santos. O grupo investirá cerca de US$ 100 milhões neste empreendimento, com recursos próprios. O terreno tem 1 milhão de metros quadrados e será utilizado principalmente para movimentar veículos e peças da indústria automobilística. Caracick acredita que as obras devem começar este ano e em 2002 o terminal entrará em operação. Segundo ele, com centros logísticos no Porto de Santos e no Porto de Vitória, a Coimex Logística terá facilidade para atender necessidades de grandes empresas, tanto para importação como para exportação. E-commerce - O executivo afirma que a Coimex já estuda também um plano logístico para um dos maiores sites nacionais de e-commerce entre empresas (business to business-B2B). Segundo ele, a empresa aposta que o comércio ligado à Internet deverá crescer muito, mas permanecerá dependente de um bom plano de logística. "Dentro de três anos, quando a tecnologia permitir, a Internet mostrará todo o seu potencial; por isso, temos de nos capacitar", declara. "Por enquanto, o e-commerce é um grande laboratório, está todo mundo aprendendo, errando e acertando", afirma.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.