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Bastidores do mundo dos negócios

À espera de balanço, Americanas e bancos costuram ajustes finais de acordo

Negociação caminha depois de aumento de aporte por acionistas

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Divulgação dos balanços revisados da companhia de 2021 para cá deve ocorrer no dia 31 Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

A Americanas e os bancos credores devem fazer os ajustes finais no plano de recuperação judicial da companhia na próxima semana, de acordo com fontes a par do assunto. Ainda nesta semana, a expectativa é de que a minuta seja encaminhada aos bancos, que terão alguns dias para revisar as condições antes de uma reunião em que dirão se aceitam o acordo ou não.

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De modo geral, as negociações estão caminhando, segundo interlocutores a par do processo, após o aumento do aporte de capital imediato por parte do trio de acionistas de referência, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Procurada, a Americanas não comentou.

Os retoques finais devem ser feitos antes da divulgação dos balanços revisados da companhia de 2021 para cá, o que deve acontecer no dia 31 deste mês. Depois disso, restará a assembleia geral de credores, prevista para dezembro, em convocações nos dias 1º e 08 daquele mês.

Bradesco deu trégua ao pedir suspensão de processo

Na quarta-feira, 18, um novo passo para o entendimento foi dado: os advogados do Bradesco concordaram em pedir a suspensão, por 180 dias, do processo de produção antecipada de provas sobre a fraude contábil que levou a varejista à recuperação judicial. Antes disso, o trio de acionistas concordou em aumentar o aporte imediato na rede de R$ 10 bilhões para R$ 12 bilhões, uma demanda que os bancos tinham desde abril, como mostrou a Coluna à época.

O aumento do aporte mudou a configuração do restante do pacote, que envolve a conversão de parte das dívidas bancárias em ações da Americanas. De acordo com fontes, o pacote todo reduz a dívida bancária de R$ 5,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Isso porque os R$ 2 bilhões a mais de aporte levam a uma amortização de dívida nesse mesmo montante e reduzem o tamanho da conversão que os bancos terão de fazer.

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Um banco credor comenta que a trégua dada pelo Bradesco e a disposição do trio de colocar mais dinheiro no curto prazo na varejista “contribuem muito” para o fechamento do acordo, que para este executivo é praticamente certo. Ao contrário do começo das conversas, quando o trio de acionistas relutava em aportar mais recursos, o aporte de R$ 12 bilhões no curto prazo mostra mais “comprometimento e disposição” na rede de varejo.

Mas antes de bater o martelo, alerta esta fonte, ainda é preciso ver como virão os dados no balanço, um passo essencial para saber sobre a viabilidade da Americanas pela frente.


Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 19/10/23, às 16h51.

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