A oferta subsequente de ações (follow on) da Caixa Seguridade está pronta para ser levada para discussão no conselho de administração da Caixa Econômica Federal, que controla a holding de seguros, previdência e capitalização. A efetiva realização da oferta virá quando houver janela no mercado de capitais, uma perspectiva que ainda não está clara. Espera-se que a operação movimente no mínimo R$ 1,2 bilhão, mas o valor pode ser maior.
A oferta será secundária, ou seja, com a venda de ações já emitidas e que hoje pertencem à Caixa. O banco levará os papéis a mercado para enquadrar a Caixa Seguridade nas regras do Novo Mercado da B3, segmento de maior exigência em termos de governança corporativa na Bolsa.
Para estar neste segmento, as empresas têm de cumprir regras mínimas de liquidez ou ter pelo menos 20% de suas ações em circulação no mercado (o chamado free float). A Caixa Seguridade conseguiu elevar a liquidez no último ano, a ponto de entrar no Ibovespa, principal índice da B3. O enquadramento na regra de disponibilidade de ações ajudaria a reforçar o cumprimento do regulamento.
Operação envolve 2,75% do capital
A Caixa detém 82,75% do capital da Caixa Seguridade, e o restante está na Bolsa. O objetivo do banco é vender pelo menos 2,75% do capital, o que serviria para atingir os 20% de free float.
Está sobre a mesa a opção de que a operação seja aprovada pela Caixa sem apontar um prazo específico para a realização da oferta. Neste momento, não há janela aberta no mercado de capitais, e no curto prazo, não há perspectiva de abertura de um espaço para que operações de renda variável aconteçam.
Os estudos da Caixa começaram no primeiro semestre, como mostrou a Coluna na época. Naquele momento, a cúpula da Caixa já sondava bancos sobre a operação, mas ainda não há assessores financeiros contratados.
Procurada, a Caixa informou que ainda não há decisão tomada a respeito de uma eventual oferta de ações da Caixa Seguridade.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 20/09/2024, às 16h14.
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