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Bastidores do mundo dos negócios

Alliança, de Tanure, não desiste da Dasa e agora olha para laboratórios

Empresário segue interessado mesmo depois de criação de joint venture com a Amil

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Foto do author Cynthia Decloedt
Conversas voltaram a acontecer com a família Bueno, dona da Dasa, sobre interesse da Alliança em laboratórios Foto: Divulgação/Dasa - 11/07/2006

O empresário Nelson Tanure, dono da rede de medicina diagnóstica Alliança, não desistiu de realizar negócios com a Dasa, mesmo após a empresa fechar acordo com a Amil, criando uma joint venture que reunirá 25 hospitais. Conversas voltaram a acontecer com a família Bueno, dona da Dasa, sobre interesse da Alliança em laboratórios. Antes de a Dasa bater o martelo com Amil, Tanure também havia se reunido com representantes da família Bueno para discutir sinergias.

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A Dasa vem enfrentando dificuldades financeiras há mais de um ano, as quais obrigaram a família Bueno a colocar R$ 1,5 bilhão na companhia em maio e subscrever R$ 1 bilhão de uma oferta subsequente de ações feita em abril do ano passado, que no total somou R$ 1,6 bilhão. O BTG Pactual ficou com outros R$ 500 milhões e tem o mandato para conduzir a venda de ativos.

A percepção de especialistas é que a negociação com a Amil alivia as pressões de curto prazo da Dasa, mas novos arranjos operacionais ainda são necessários. Além de eventuais negócios em laboratórios, os hospitais São Domingos, na Bahia, e a clínica AMO, especializada em oncologia, ficaram de fora da joint venture.

Alívio, mas não muito

Com a criação da Ímpar Serviços Hospitalares, joint venture com a Amil, a Dasa transferiu R$ 3,8 bilhões, de um total de R$ 9,6 bilhões de suas dívidas, para a nova empresa. Na joint venture, a Amil entrou com alguns hospitais. Mesmo assim, a agência de classificação de risco Fitch diz que o acordo, somado ao aporte de R$ 1,5 bilhão da família, alivia as pressões na estrutura de capital da Dasa, mas é insuficiente para melhorar as métricas de classificação de risco.

Considerando a redução da dívida líquida após acordo com Amil, a injeção de capital e a exclusão do resultado operacional dos hospitais que passaram a integrar a Ímpar, a alavancagem da Dasa ficaria em torno de 4 vezes, segundo a Fitch. É uma redução em relação aos cálculos da Fitch que indicavam 6,7 vezes em março, mas ainda assim no limite de uma sinalização de risco de não cumprimento dos compromissos financeiros.

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Procuradas, Dasa e Alliança não comentaram.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 28/06/24, às 16h00.

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