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Bastidores do mundo dos negócios

Allos, Capitânia, BTG, XP e Vinci se unem para comprar shopping Riosul

Transação com a Brookfield pode movimentar de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão

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Foto do author Circe Bonatelli
O Riosul, em Botafogo, é um dos principais shoppings do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão

A Allos e um grupo de gestoras de fundos imobiliários composto por BTG Pactual, Capitânia, XP e Vinci Partners montaram um consórcio para comprar metade do shopping center Riosul. Do outro lado da mesa está a multinacional canadense Brookfield, que detém 54% de participação no shopping por meio de uma joint venture onde também estão sócios como o GIC, fundo soberano de Cingapura; a PSP Partners, gestora de investimentos de Chicago, nos Estados Unidos; e a Quadreal, empresa de investimentos imobiliários do Canadá.

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Em comunicado ao mercado divulgado na noite de sexta-feira, 26, a Allos confirmou as tratativas e informou que o valor em negociação vai de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão. A companhia acrescentou que “não há, no momento, qualquer documento vinculante firmado com os vendedores”.

O Riosul é um dos principais shoppings do Rio, localizado em Botafogo, na zona sul. Ao todo, conta com 52 mil m² de área bruta locável (ABL), com mais de 400 lojas, seis salas de cinema e 1,9 mil vagas de estacionamento. O número de visitas gira em torno de 1,5 milhão de pessoas por mês. É também o mais antigo da cidade, com 40 anos de existência.

Negociação é feita em caráter de exclusividade

A negociação entre as partes é feita em caráter de exclusividade, que vai até maio, podendo ser renovada. A transação não está fechada. No momento estão ocorrendo as diligências sobre as condições do empreendimento. A expectativa, segundo uma das fontes, é que a transação de compra e venda seja assinada até o meio do ano.

O desenho do consórcio prevê que o shopping será fatiado em partes proporcionais à capacidade de pagamento de cada um dos integrantes. As maiores fatias devem ser do BTG e da XP, por meio de seus fundos imobiliários. A Allos também deve ficar com uma parte relevante, embora o seu principal papel nesse consórcio seja o de gestão futura do ativo.

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“O shopping ‘stand alone’ (sozinho) tem um valor, mas sendo gerido por uma empresa dona de vários shoppings, aí tem um valor maior”, disse outra fonte, citando o potencial de sinergias da rede da Allos e a sua capacidade de negociação com lojistas e fornecedores.

Grupo vê possibilidade de ampliar receitas

Por trás da tentativa de aquisição, a tese do consórcio é de se posicionar em um dos principais empreendimentos do setor de shoppings do País, com expectativa de valorização acima da média de mercado. Os integrantes também enxergam a possibilidade de ampliar receitas de aluguéis e estacionamentos por meio de melhorias no “mix” de lojistas e na gestão como um todo.

Por sua vez, a Brookfield vem se desfazendo de seu portfólio de shoppings no Brasil. As últimas vendas foram do Madureira Shopping e do Shopping Leblon, há alguns anos. Restam no portfólio outros dois ativos de peso, cujo processo de venda deve ser feito na sequência, que são os shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, ambos na cidade de São Paulo. O foco da multinacional canadense no setor imobiliário brasileiro está em escritórios, galpões logísticos e prédios residenciais para locação.

Procurados, BTG, Capitânia, Vinci e Brookfield não fizeram comentários. A XP não respondeu.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 26/04/24, às 12h20

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