Os pagamentos de indenização em seguros marítimos no Brasil somaram R$ 117,3 milhões nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Houve um crescimento de 35,7% em relação ao mesmo período do ano passado, explicado tanto por problemas de manutenção das embarcações quanto pela desvalorização do real no último ano.
O coordenador da Subcomissão de Seguros Aeronáuticos da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Carlos Eduardo Polízio, afirma que os preços de peças das embarcações costumam ser atrelados ao dólar, um fenômeno similar ao que acontece na indústria aeronáutica. Com isso, o câmbio acaba sendo o balizador das apólices que protegem embarcações de todos os usos e portes.
No ano passado, o seguro marítimo arrecadou R$ 601,2 milhões no País, alta de 10,5% em um ano. O motor do crescimento de arrecadação foi o ajuste dos preços às condições do mercado internacional de seguros, que ficaram mais restritas entre 2022 e 2023. Com o arrefecimento deste fator, o mercado espera um progresso ligado à quantidade de embarcações entregues no Brasil.
Polízio menciona a renovação de frota da Transpetro, subsidiária da Petrobras, anunciada no começo de julho, como um dos fatores que geram expectativa no setor. De acordo com ele, o projeto do governo federal de voltar a estimular a indústria naval brasileira pode ser outro incentivo aos seguros marítimos.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/07/24, às 15h10.
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