A gestora americana de investimentos imobiliários Paladin Realty Partners pretende abrir, nos próximos meses, a captação de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões para um fundo voltado à construção de empreendimentos residenciais na cidade de São Paulo. A ideia é investir em cerca de seis a sete projetos nos setores de baixa a alta renda, em parceria com incorporadoras locais.
Este será o segundo fundo da Paladin constituído a partir da captação de recursos por aqui, o que marca a consolidação de uma nova fase para a gestora americana e revela uma mudança de postura entre empresas americanas de investimentos imobiliários.
Tradicionalmente, nomes como Paladin, Hines, Tishman Speyer e GTIS fazem suas captações nos Estados Unidos junto a investidores institucionais de lá, como fundos de pensão, fundos universitários e “family offices”. Nos últimos anos, porém, essa fonte secou em meio ao atípico ciclo de inflação e juros altos da economia dos EUA, o que reduziu o apetite desses investidores por aportes em fundos voltados a ativos imobiliários estrangeiros.
Empresas dos EUA buscam investidores brasileiros
A solução dessas empresas foi passar a procurar os investidores brasileiros para levantar recursos. A Tishman, dona do Rockfeller Center, em Nova York, fez a venda de prédios comerciais e residenciais no Brasil ao longo do ano passado e está em conversas com investidores daqui para levantar meio bilhão de reais para seu próximo ciclo de projetos locais.
No caso da Paladin, o primeiro fundo “verde e amarelo” teve parceria da gestora de recursos Hedge Investments, e levantou cerca de R$ 700 milhões para a construção de quatro prédios corporativos em bairros nobres, como Pinheiros. Os projetos ficarão prontos entre 2026 e 2027.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/04/24, às 17h00
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