A Brazil Potash, empresa canadense dona da Brasil Potássio, que tem projeto de uma mina na Amazônia, estuda voltar ao mercado no ano que vem, se as condições forem favoráveis, após levantar volume bastante inferior ao que pretendia em oferta inicial de ações (IPO, em inglês) realizada no dia 27 de novembro.
A companhia esperava levantar, inicialmente, entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões, mas acabou captando apenas US$ 30 milhões. “Foi praticamente um deal privado”, disse uma fonte.
A companhia, que chegou ao mercado lá fora avaliada em US$ 640 milhões, agora estuda como levantar os recursos restantes, e entre as opções estão uma captação no mercado local por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) ou uma subsequente (follow-on) nos Estados Unidos. Ambas as opções dependerão de uma melhora nas condições do mercado, a qual não se tem visibilidade, acrescentou a fonte.
Cenário prejudicou o negócio
De acordo com esta fonte, o cenário de instabilidade do ponto de vista macroeconômico, especialmente a discussão quanto ao pacote de corte de gastos do governo que ocorria no mês passado, somado ao fato de que o retorno previsto do projeto aconteceria a partir de quatro anos, prejudicou a oferta. Isso porque, boa parte dos fundos que estavam na ponta compradora eram brasileiros. “Havia poucos fundos estrangeiros”, acrescentou a fonte.
A companhia pretende usar os recursos captados para pagar licenças ambientais, bancar despesas pré-desenvolvimento do projeto e gastos de engenharia pré-construção. O projeto Autazes, no coração do Amazonas, vai exigir ao todo investimentos de US$ 2,5 bilhões, segundo o prospecto.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 03/12/2024, às 15:29.
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