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Bastidores do mundo dos negócios

Árabes estão como preferidos na venda da Braskem e aguardam para iniciar diligência

Petroleira de Abu Dabhi Adnoc formou consórcio com a gestora norte-americana Apollo

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Apollo e Adnoc estariam dispostas a abrir mão da intenção inicial de ficar com 100% da Braskem Foto: DANIEL TEIXEIRA/AE / AE

A venda da Braskem pode ganhar novos capítulos, apesar do mau momento do setor e das incertezas com as contingências em Alagoas. O consórcio formado pela gestora norte-americana Apollo e a petroleira de Abu Dabhi Adnoc tem sido apontado como o favorito para ficar com a petroquímica, inclusive ganhando a preferência sobre a Petrobras, que pretende seguir no negócio.

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Para isso, a Apollo e a Adnoc estariam dispostas a abrir mão de sua intenção inicial de ficar com 100% da Braskem. O consórcio também encara a Braskem como uma aposta de longo prazo, evitando a contaminação do valor da oferta pelo ciclo de baixa do preço dos produtos petroquímicos no mundo. O Broadcast apurou que o consórcio aguarda uma sinalização da Novonor, que é dona da fatia controladora da Braskem, para iniciar a diligência nos números confidenciais da petroquímica.

Uma fonte que representa os árabes argumenta que, além do conhecimento do setor de petróleo e petroquímico, a Adnoc, como uma das maiores estatais de petróleo do mundo, tem capacidade abundante de recursos para minimizar os riscos financeiros da aquisição e investir em novos projetos. Capacidade financeira tem sido um tema relevante também para os bancos credores, que têm as ações da Braskem, dadas em garantia pela Novonor em troca de empréstimos para a então Odebrecht.

Cinco bancos credores têm R$ 15 bilhões a receber

Os cinco bancos que têm ações da Braskem - Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - querem um desfecho rápido, pois têm cerca de R$ 15 bilhões a receber. As propostas em torno de R$ 10 bilhões pelo controle da Novonor têm, aparentemente, agradado. Mas os bancos têm agendas, hierarquia e senioridade diferentes e o valor não satisfaz a todos. “Tem uma discussão entre os bancos de como dividir o bolo, o que é complicado”, afirmou uma fonte próxima à questão.

Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Já o Banco do Brasil está em uma situação diferente e tem feito circular a informação de que estaria mais inclinado a aceitar uma proposta maior, por volta de R$ 15 bilhões. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte.

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Procurados, Novonor e Apollo/Adnoc não comentaram.


Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 22/08/23, às 15h55.

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