Os prédios de escritórios na cidade de São Paulo atingiram o menor nível de áreas vagas em três anos, seguindo a trajetória de recuperação gradual após os baques da pandemia. A taxa de vacância média - que mede a área vaga em relação ao total de imóveis disponíveis - caiu para 21,94% no segundo trimestre de 2024, recuo de 1,88 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com levantamento da consultoria Siila com imóveis de padrão B, A e A+.
A despeito disso, há muitos espaços vagos nesse segmento, o que ainda favorece os inquilinos. A vacância é considerada equilibrada quando gira entre 12% e 15%. Acima disso, os inquilinos têm mais poder de barganhar os aluguéis. Abaixo, a vantagem costuma ser dos proprietários dos imóveis.
A pesquisa mostrou que os contratos de locação (absorção bruta, no jargão) fechados no segundo trimestre em São Paulo representaram 151,2 mil m², um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2023.
A região com mais novas transações foi a Berrini, com um total de 23 mil m². Aparece aí a CNBC, emissora que vai estrear no País, contratou 1 mil m² no edifício Berrini One. Outra locação grande foi da montadora Stellantis, que acertou 2,8 mil m² no WTorre Morumbi.
Com isso, o saldo entre áreas alugadas e devolvidas (absorção líquida) em São Paulo foi positivo em 49,2 mil m², o que representa um crescimento, de fato, na ocupação dos escritórios. O dado aponta para uma reversão em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando o indicador ficou negativo em 13,3 mil m². Ou seja, naquele período houve mais devoluções que novas locações.
O avanço nas locações e a redução da vacância ajudaram a empurrar para cima o valor do aluguel. O preço médio pedido na capital paulista no segundo trimestre foi de R$ 86,31 por metro quadrado, leve alta de 4,50%.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/07/24, às 14h30.
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