A Claro está avaliando contratar a V.tal, operadora de redes neutras de fibra ótica, para lançar planos de banda larga em cidades e bairros nos quais ainda não está presente com redes próprias. Nos últimos dias houve encontro entre executivos de ambas as empresas, com presença dos presidentes da Claro, José Félix, e da V.tal, Amos Genish, entre outros executivos do alto escalão.
As empresas de redes neutras de fibra ótica são detentoras da infraestrutura, que é alugada às operadoras de banda larga. Elas, por sua vez, oferecem o serviço aos consumidores finais. A vantagem é o alívio nos investimentos pesados associados à construção das redes.
Empresas de rede neutras foram vendidas por teles
Nos últimos anos, as grandes teles optaram por vender o controle de suas operações de infraestrutura para investidores, dando origem a empresas de rede neutra. São elas: V.tal (Oi e BTG Pactual), Fibrasil (Telefônica e CPDQ) e I-Systems (TIM e IHS). A Claro foi a única que não abriu mão do controle de suas redes, e também a única que não recorre a redes de terceiros. A ideia foi manter a operação integrada, com controle de toda a cadeia.
Se confirmada, a parceria será bastante relevante para a V.tal, que já tem a Oi como principal cliente e que fechou contrato com a TIM recentemente. A Claro é a líder em banda larga no Brasil, com 22,2% de participação no mercado. Entretanto, essa fatia cai para apenas 2,7% quando se considera apenas a base de conexões por meio de fibra ótica, que oferece velocidades mais altas de tráfego de dados e maior estabilidade na conexão. Ou seja, recorrer a empresas de redes neutras também seria uma maneira de a tele complementar seu portfólio com serviços mais competitivos.