Conhecida por fazer o “chassi” para que empresas de diferentes setores ofereçam cartões de crédito aos clientes, a Dock chegou a 8% dos pagamentos feitos com cartão no primeiro trimestre, mas não vê no Pix uma ameaça a seu negócio. Pelo contrário: está com sistemas prontos para operar em modalidades de concessão de crédito através do sistema de pagamentos instantâneos, que devem avançar a partir do ano que vem.
O CEO da Dock, Antonio Soares, afirma que a empresa está “80% pronta” para o Pix Garantido, em que o banco ou fintech darão crédito ao cliente para que ele complete uma transferência caso não tenha saldo. Hoje, alguns agentes oferecem soluções similares, como as que utilizam o limite do cartão de crédito, mas a versão “oficial” ainda está em desenvolvimento pelo BC.
Volume de recursos movimentados da Dock por meio do Pix tem aumentado
A Dock tem 3,2% do volume movimentado através do Pix. É um volume menor que o de fintechs conhecidas do grande público e dos bancões, que em alguns casos chegam a 20%, mas em abril do ano passado, a empresa respondia por 1,2% do total. Soares afirma que o crescimento do sistema tem aumentado o interesse dos clientes da Dock por ele, em especial entre os que têm como público-alvo trabalhadores autônomos.
Em cartões, a Dock também tem crescido acima do mercado: ano passado, tinha 7% do volume da indústria. A companhia tem clientes como C6, Digio, Mercado Pago e PagBank. Soares reconhece, porém, que o Pix deve “bombar” mais com as novidades prometidas pelo BC, ao mesmo tempo em que o setor de cartões desacelera com o menor apetite de crédito dos bancos.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 23/06/23, às 17h26.
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