A Sombrero, seguradora criada em 2022 por um grupo de veteranos do setor, fará a cobertura dos riscos operacionais da Petrobras em suas refinarias, unidades industriais e terminais de recepção e distribuição até o final de 2026. A apólice tem valor de US$ 116,6 bilhões (o equivalente a R$ 650 bilhões).
Embora seja relativamente pequena no mercado brasileiro, a Sombrero atendeu às condições da licitação da petroleira, muitas delas relativas à solidez das potenciais candidatas, e conseguiu proteger todo o risco através de resseguros, contratados com o auxílio de uma corretora.
Além de proteger os ativos, o seguro tem a chamada cobertura de lucros cessantes, que é acionada pelas empresas quando eventos de força maior interrompem suas operações e a geração de receitas.
Apetite amplo de resseguradoras
De acordo com o CEO da Sombrero, Leonardo Paixão, o apetite das resseguradoras internacionais foi amplo porque o risco das operações da Petrobras é bastante conhecido - e coberto - pelo mercado. A corretora WTW, antiga Willis Towers Watson, buscou as resseguradoras que aceitaram assumir o risco, majoritariamente internacionais.
Paixão já foi CEO do IRB Re, e é um dos veteranos do setor financeiro reunidos em torno do negócio. Estruturada entre 2020 e 2021 e operacional desde 2022, a Sombrero é controlada por uma holding de investimentos dedicada ao mercado de seguros, a eNova. No primeiro semestre deste ano, arrecadou R$ 256,8 milhões em prêmios, quase quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado.
Focada em clientes empresariais, a Sombrero atua com os seguros agrícola e de garantia, este para diferentes setores da economia. A atuação inclui grandes empresas, mas especialmente as pequenas e médias, que ainda contratam pouco seguro. De acordo com Paixão, o contrato da Petrobras é o maior da seguradora.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/09/2024, às 17h53.
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