Com uma maquininha para chamar de sua, o banco Inter quer alavancar os negócios com uma base que já atende, mas que considera que ainda pode ir além: a das pequenas empresas, as chamadas “pejotinhas”. Após a compra da metade da credenciadora Granito que pertencia ao BMG, o Inter poderá vender serviços bancários via maquininha, e vice-versa.
O vice-presidente Financeiro e de Riscos do Inter, Santiago Stel, afirma que a Granito tem hoje 140 mil clientes, uma base que pode ser multiplicada em algumas vezes com a oferta da maquininha aos 2 milhões de clientes PJ do banco digital. A sobreposição entre as bases é pequena, de acordo com ele.
Embora a Granito fosse uma sociedade de fatias iguais para cada banco, só o BMG podia utilizá-la para vender produtos e serviços bancários. Entretanto, como o foco principal do banco é no público de pessoas físicas, optou-se por vender a fatia ao Inter, que quer acelerar a geração de receitas e a fidelidade da base de pequenas empresas.
Oferta integrada
Stel afirma que o objetivo do Inter é ter uma oferta integrada, aos moldes do que nove em cada dez empresas de adquirência têm buscado. Isso inclui juntar equipes comerciais de banco e de maquininha. “Há um grupo de atendimento a empresa que se incorpora ao da Granito. Será um produto bancário em que vamos oferecer todo o menu ao cliente.”
A transação com o BMG ainda depende de aprovação pelo Banco Central, e quando for fechada, o nome da empresa mudará para Inter Pag. O Inter pagará R$ 110 milhões pela fatia do BMG, o que avalia a Granito em R$ 220 milhões. A Cielo, prestes a sair da Bolsa, é avaliada em R$ 15,2 bilhões.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 29/05/24, às 18h50
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