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Bastidores do mundo dos negócios

Com produtos como ajuda a escolas contra ‘calote’ na mensalidade, Educbank quer captar R$ 70 mi

Startup transacionou mais de R$ 1 bilhão desde que operação começou a funcionar, em 2021

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Foto do author Cristiane Barbieri
Atualização:

Especializado em soluções financeiras para educação, o Educbank prevê fazer uma nova emissão de debêntures (títulos de dívida) ainda este ano. A expectativa é superar o montante do ano passado, quando a startup captou R$ 70 milhões com a primeira debênture lastreada por mensalidades escolares já emitida no País.

Startup pretende aumentar linhas de crédito a escolas, caso consiga captar novos recursos FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Foto: Tiago Queiroz

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Os recursos da primeira emissão estão sendo usados, entre outras coisas, no produto de “receita garantida”, por meio do qual as escolas conseguem receber as mensalidades, mesmo quando os pais não as pagam.

Segundo Caio Noronha, cofundador do Educbank, muitas famílias atrasam os pagamento e deixam para fazer acerto só na rematrícula, o que faz com que as escolas fiquem sem caixa ao longo do ano. Assim, a ideia do produto é resolver essa sazonalidade “de forma estruturada e com previsibilidade de receita”.

Foi o problema vivido por Danilo Costa, um dos criadores da startup, quando era mantenedor de uma rede privada de escolas. “É o tipo de dificuldade que força o gestor educacional a se concentrar na inadimplência ao invés de priorizar a aprendizagem dos alunos”, diz ele.

Caso a nova emissão seja bem sucedida, o dinheiro será usado para acelerar o plano de crescimento, tanto via aumento de receita quanto em relação ao volume transacionado. Já passaram pela startup mais de R$ 1 bilhão desde o início das operações, em 2021. Os recursos foram usados por 500 instituições de ensino que, somadas, têm mais de 160 mil alunos.

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Novas ofertas

A startup pretende ampliar o portfólio de produtos, incluindo mais linhas de crédito. No início deste ano, lançou o Seguro Escolar Educbank, que oferece proteção financeira para alunos, professores, funcionários e famílias.

A startup, que não revela o faturamento, desenvolveu um modelo de rating para o setor, que processa variáveis operacionais, acadêmicas e institucionais das escolas. O score correlaciona o aprendizado dos estudantes, a qualidade operacional da escola e o valor de suas mensalidades. Quanto mais alto é o potencial acadêmico vis a vis o valor da mensalidade, melhor é o rating da escola e, portanto, maior e melhor será o volume de recursos disponibilizado para ela.

Além das debêntures, o Educbank levantou R$ 200 milhões em 2022, numa rodada Série A liderada pela Vasta e acompanhada pelo fundo Marrakech Capital. No fim do ano passado, o Educbank contratou os bancos Santander e Bank of America para buscar investidores para uma série B, mas o projeto não foi concluído. “Seguimos avançando com o processo da Série B, sem pressa”, afirma Noronha. “Se a urgência impera, a captação tende a não ser a ideal. Por isso, demos início ao processo cientes de que não teríamos pressa para concluir a operação.”


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 01/08/2024 11:34:37.

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