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Bastidores do mundo dos negócios

Débito sem senha deve estar em 70% do e-commerce na Black Friday, diz Abecs

Visa, Mastercard e Elo criaram protocolo único para estabelecimentos oferecerem a modalidade

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Foto do author Matheus Piovesana
Iniciativa é uma das formas de o setor enfrentar o avanço do Pix  Foto: Werther Santana/ ESTADÃO

O débito sem senha, aposta do setor de cartões para fazer a modalidade decolar nas compras pela internet, deve estar em lojas que representam 70% do movimento do varejo online brasileiro até a Black Friday, no final de novembro. A previsão é da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Em outubro, mais 21 empresas estarão habilitadas a oferecer aos clientes a modalidade de débito sem senha, segundo o vice-presidente executivo da Abecs, Ricardo Vieira. Com isso, serão 25 varejistas online, que juntas respondem por 70% do volume de vendas pela internet no País. A Abecs não tem divulgado os nomes das marcas participantes.

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O débito sem senha não é novo. A novidade deste ano é que as três maiores bandeiras de cartão no País - Visa, Mastercard e Elo - se uniram e criaram um protocolo único para os estabelecimentos comerciais oferecerem a modalidade. Ao unificarem as suas regras, as três empresas permitiram que um comerciante se habilite junto a uma das bandeiras e ganhe a possibilidade de oferecer a forma de pagamento sem senha também nas outras duas companhias.

A iniciativa é uma das formas de o setor enfrentar o avanço do Pix, que primeiramente tomou o lugar do boleto, mas que começa a “atacar” as transações com cartão de débito. A aposta das empresas é de que as ferramentas de segurança dos cartões, mais maduras que as do Pix, segundo afirma a Abecs, atrairão mais clientes. Segundo Vieira, o programa será expandido, sem afrouxar as regras de adesão. Para participar, as varejistas passarão por análise prévia a fim de evitar um aumento das fraudes. Só podem entrar no programa estabelecimentos que tenham no máximo 0,40% de fraude nas transações e pelo menos 60% das operações com os dados do cartão protegidos pela chamada tokenização. As compras são de até R$ 300, no máximo.



Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/09/23, às 16h58.

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