O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante os depósitos dos clientes de instituições financeiras no País, entrou para a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), que reúne entidades representativas do setor financeiro. A entrada acontece em um momento em que grandes bancos discutem, nos bastidores, mudar as regras do fundo, para estimular uma “volta” dos depósitos dos clientes às instituições tradicionais.
Os bancos querem reduzir o limite de cobertura do FGC, de R$ 1 milhão por CPF divididos em quatro instituições, para R$ 250 mil. Argumentam, nos bastidores, que o “carimbo” do FGC tornou atrativos os títulos de bancos de menor porte, nos quais os clientes não manteriam depósitos, por exemplo. Nos bastidores, executivos do setor afirmam que isso tem reduzido os recursos disponíveis para que os bancos concedam crédito em linhas como as de financiamento imobiliário.
Em paralelo às discussões que opõem um lado e outro, a CNF quer reunir todo o setor em um único fórum de discussão. Comandada desde o começo do ano pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, a entidade atraiu neste ano a Zetta, que representa fintechs como o Nubank. Antes, a CNF já reunia entidades do setor financeiro, como a própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas seu raio de presença estava mais restrito aos bancos tradicionais.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 24/11/23, às 13h23
O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.
Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.