A negociação para venda do shopping Riosul, antecipada pela Coluna do Broadcast em abril, tomou novos rumos. A Combrascan Shopping Centers, detentora de 46% de participação no empreendimento, decidiu exercer o seu direito de preferência e ficar com a fatia de 54% que pertencia à Brookfield. Com isso, foi suspensa a proposta de compra dessa fatia pelo consórcio formado pela Allos e fundos imobiliários geridos por BTG Pactual, Capitânia, XP e Vinci.
A Coluna apurou que a Combrascan e a Brookfield têm 30 dias para o fechamento do negócio. Caso isso não se concretize, o ativo poderá voltar à mesa de negociações. Trata-se de algo possível, mas improvável, dado que a Combrascan não pode pular fora agora, já que fez uma oferta vinculativa. A Combrascan é formada por alguns family offices, sendo que a interlocução nas negociações se dá com as famílias majoritárias (Gurtensten, Soifer e Teig).
Por sua vez, a Allos ainda sonda se há espaço para não perder o bonde. “Nada impede que a Allos possa vir a ser sócia, mas também não há certeza da possibilidade”, disse uma fonte envolvida nas tramitações. Para isso, é preciso que a Combrascan abra mão de ficar, sozinha, com a fatia de 54% da Brookfield. Do lado dos fundos, XP e Vinci já comunicaram que as negociações foram encerradas e, neste momento, não há perspectiva de se engajar novamente.
Mais antigo da cidade
O Riosul é um dos shoppings dominantes do Rio, localizado em Botafogo. Ao todo, conta com 52 mil m² de área bruta locável (ABL), com mais de 400 lojas, seis salas de cinema e 1,9 mil vagas de estacionamento. O número de visitas gira em torno de 1,5 milhão de pessoas por mês. É também o mais antigo da cidade, com 40 anos de existência. Procuradas, as partes não fizeram comentários.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 14/06/24, às 14h57
O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.
Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
