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Bastidores do mundo dos negócios

Distribuidoras de equipamentos hospitalares criam empresa para atuar em SP

Empresas atuam em cidades de outros quatro Estados, e vinham negociando parceria há alguns anos

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Foto do author Cristiane Barbieri
Com um mercado mais competitivo, o Estado tem margens mais baixas e exige operações maiores. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Quatro distribuidoras de equipamentos hospitalares de diferentes partes do País se juntaram para criar a 7 Import Medical Group, joint venture que tem como objetivo avançar no mercado paulista. Importadores de itens como monitores, aparelhos de anestesia, ventiladores e outras máquinas usadas em centros cirúrgicos e UTIs, a Medicalway (de Curitiba), a Mhédica Service (de Belo Horizonte), a Prime Medical (de Lauro de Freitas, na Bahia) e a Safe Suporte à Vida (do Recife) conversavam havia anos sobre o tema. Começaram a importar em conjunto há alguns anos, até decidirem abrir a empresa juntas.

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Isso porque, apesar de ser o maior mercado do País, a competição em São Paulo é maior. “Eu vim abrir a filial de São Paulo pela Medicalway, em 2008, e fiquei oito anos”, diz Paulo Souza, presidente da 7 Import. “É um mercado no qual se cresce mais rápido, mas que é mais agressivo e com margens menores, o que faz com que a operação tenha de ser muito bem estruturada para não machucar o caixa.”

Líderes em seus Estados do origem, as quatro sócias empregam mais de 500 pessoas e teriam faturamento, caso somado, de cerca de R$ 500 milhões. Com participações iguais na joint venture, preveem investir R$ 20 milhões na nova companhia. Até agora, metade do valor foi usado em montagem da estrutura física, estoques e tecnologia.

“Pelo fato de serem empreendedores locais, muito conhecedores da realidade brasileira e do próprio mercado de São Paulo, eles criaram uma empresa muito ágil”, diz Jefferson Nesello, sócio da Zaxo, consultoria de M&A (fusões e aquisições), que estruturou o negócio.

Segundo Souza, o fato de a 7 Import ter quatro CNPJs como acionistas permitiu, por exemplo, a transferência de inventário e o início do faturamento imediato, mesmo com a complexidade da abertura da empresa, contratações e montagem de toda a estrutura. A expectativa é que a empresa fature R$ 100 milhões, entre cinco e dez anos. O negócio não deve passar pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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Grupo espera maior facilidade de negociação com hospitais

Para ele, o fato de o grupo ter capilaridade nacional facilita as negociações com os grandes grupos hospitalares, que têm ganhado peso no País nos últimos anos. Também que abram a porta para novos marcas entrarem no mercado brasileiro.

O movimento de criação da joint venture também vai na linha da consolidação do setor de saúde. O mercado de equipamentos médicos - principalmente o de locação, por conta da recorrência de receitas - também tem visto vários negócios nesse sentido. No ano passado, a holding de participações da Unimed criou uma joint venture com a empresa de aluguel de equipamentos Blue Health (que tem como sócios os gestores Kinea, EB Capital e Lazuli Partners), com a expectativa de investir R$ 3 bilhões no primeiro ano de operação. Em outro movimento de consolidação, a Clean Medical adquiriu a Agile Med, em dezembro, por valores não revelados.

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 23/07/2024 às 16h03

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