A fintech brasileira Dock, que fornece infraestrutura para que outras empresas ofereçam produtos e serviços financeiros, espera triplicar a participação de outros países nas receitas ao longo dos próximos três anos. Atualmente, eles contribuem com 10% do negócio, e a meta é elevar essa fatia a até 35% no médio prazo.
A Dock opera em 11 países da América Latina, após estrear em El Salvador e na Guatemala. A expansão internacional começou há três anos, com a compra da Cacao, empresa mexicana de processamento de cartões. Desde então, chegou a novos mercados de forma orgânica, ou seja, sem a compra de outras empresas. No ano passado, movimentou mais de R$ 1,07 trilhão em transações, 39% a mais que em 2022. Além disso, operava 70 milhões de contas ativas.
O CEO da Dock, Antonio Soares, afirma que há dois caminhos para aumentar a fatia da receita que vem de fora do Brasil: chegar a mais países, o que inclui a América Central e o Caribe, e aproveitar o movimento de empresas latinas de outros setores que querem oferecer serviços financeiros. No México, as varejistas são um exemplo desse movimento. Mas ainda há potencial na oferta de serviços a bancos tradicionais que busquem digitalizar seus sistemas.
Plataforma de serviços financeiros
A Dock oferece uma espécie de “chassi” para que empresas financeiras ou não ofereçam cartão de crédito, Pix e plataformas que permitem ao cliente “montar” um banco sem a necessidade de pedir licença ao Banco Central. Quem detém a licença é a Dock.
Soares diz que futuramente, a empresa pode buscar uma abertura de capital, através de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). No entanto, a companhia tem conseguido executar o plano de crescimento mesmo com acionistas privados, e o IPO não é uma prioridade no momento. Na base, estão Riverwood Capital, Advent Global Opportunities e a Visa, entre outros nomes.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 15/02/24, às 17h14
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