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Bastidores do mundo dos negócios

Dona do prédio mais alto de São Paulo, Porte lança novo megaempreendimento

Complexo de três torres que reúne residencial, lajes corporativas, hotel, cinema, teatro, entre outros, também será construído na zona leste da capital

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Foto do author Circe Bonatelli
Atualização:
Ilustração do novo megaempreendimento da Porte Engenharia ao lado da Radial Leste Foto: Porte Engenharia

Embora o ambiente de juros altos e incertezas sobre os rumos da economia brasileira tenha colocado muitos projetos imobiliários em compasso de espera, a Porte Engenharia e Urbanismo decidiu abrir os estandes do seu novo megaempreendimento. Sim, novo: a incorporadora é a mesma que no ano passado entregou a obra do prédio mais alto da cidade de São Paulo, o chamado Edifício Platina, com 172 metros de altura, no Tatuapé, zona leste.

O próximo negócio da fila é chamado de Urman, um complexo de três torres que reúne residencial, lajes corporativas, hotel, centro de convenções, cinema, teatro, minishopping e centro médico, localizado quase na esquina da Radial Leste com a Avenida Salim Farah Maluf. O lançamento é o sexto de uma série de projetos que a Porte batizou de Eixo Platina. A incorporadora vem desenvolvendo empreendimentos em um trecho da zona leste que pega os bairros dos Tatuapé, Belém, Vila Carrão, Vila Formosa, Água Rasa e Mooca. A tese de investimento é: oferecer opções imobiliárias capazes de fixar a população da zona leste ali mesmo, sem a necessidade de ir para bairros mais centrais em busca de moradia, trabalho, saúde ou lazer, afirma o diretor comercial, Igor Melro, em entrevista à Coluna. Daí a decisão de trabalhar com empreendimentos do tipo multiúso.

Primeiros contratos com operadoras já foram fechados

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Segundo Melro, já foram fechados os primeiros contratos com as operadoras dos equipamentos. O cinema (o primeiro de alto padrão, ou VIP, da zona leste) será tocado pela Cinépolis. Por sua vez, o centro de convenções (8 mil m²) e o teatro (de 1,5 mil lugares, mesma capacidade do Theatro Municipal) ficou com a Opus Entretenimento, que também administra os teatros Bradesco e Frei Caneca, além da casa de espetáculos Vibra. O hotel terá a bandeira Tru by Hilton, marca para um público mais jovem e com valor mais acessível de diárias.

Já o minishopping será alugado gradualmente. Ele será composto por lojas de fachada, dois andares de lojas, serviços e restaurantes, com 15 mil m² de área bruta locável (ABL). A incorporadora também está em fase de negociação com redes de saúde para administração do centro médico de 12 mil m² que terá hospital e clínicas.

Obras vão levar cinco anos para ficar prontas

Apesar do ambiente macroeconômico turbulento, a Porte decidiu seguir com o lançamento confiante na rentabilidade no longo prazo. As obras vão levar cinco anos para ficar prontas, o que dá o tempo necessário para evoluir na comercialização de tantos metros quadrados.

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A estratégia é atrair sócios para aqueles espaços que ficarão no portfólio do grupo a fim de gerar aluguéis, como é o caso do centro de convenções, cinema, minishopping, teatro e hospital. A outra parte será vendida diretamente, com a estimativa de se levantar R$ 1 bilhão. Desse total R$ 550 milhões são das lajes corporativas, R$ 330 milhões com os residenciais e R$ 141 milhões com o hotel.

O complexo terá apartamentos de 28 m² a 147m² com plantas modulares - isto é, o comprador pode comprar de um a quatro módulos, formando unidades de diferentes tamanhos. No caso das lajes corporativas, a ABL totaliza 27,5 mil m², o equivalente a um prédio de tamanho médio, visando suprir a carência de imóveis de qualidade para abrigar empresas na região.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 21/03/2023, às 15h48

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