A Rio Energy Participações desistiu de fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, devido às condições desfavoráveis do mercado. O grupo, que havia protocolado o pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em março, desenvolve usinas de geração eólica, solar fotovoltaica e a comercialização de energia no mercado livre.
A desistência da Rio Energy não é um caso isolado. Apenas este ano, houve mais de 50 IPOs cancelados - quadro que se agravou nas últimas semanas em decorrência do ruído político que levou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, a acumular queda de quase 8 mil pontos nas últimas semanas. Nesse cenário, os investidores ficam mais seletivos, o que deixa mais difícil operações de empresas novas ou de menor porte.
A companhia tem capacidade total instalada para geração de 1,02 gigawatts (GW) no Ceará e na Bahia. O portfólio de desenvolvimento tem previsão de capacidade instalada adicional de aproximadamente 2 gigawatts (GW). Em 2020, a Rio Energy teve prejuízo de R$ 84,3 milhões, ante prejuízo de R$ 160 milhões do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 367 milhões no ano passado e R$ 359,5 milhões em 2019.
Procurada, a empresa não se manifestou. A operação tinha o Itaú BBA como coordenador-líder, além da atuação do Bank of America (BofA), UBS BB e Bradesco BBI.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 15/09/2021 às 17h07.
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