Apesar de menos consumidores terem caído em golpes em plataformas de compra e venda de automóveis no Estado de São Paulo, o prejuízo chegou a R$ 802 milhões entre janeiro e outubro do ano passado, segundo levantamento da OLX. A queda foi de 42% em relação ao mesmo período de 2023. Em âmbito nacional, a queda foi de 52% e os brasileiros perderam R$ 2,5 bilhões em igual intervalo.
A fraude mais comum foi o golpe de Coleta de Dados (50%), seguida de Invasão de Contas (38%) e de Anúncios Falsos (10%). No primeiro caso, o fraudador cria um anúncio falso sobre outro interesse dos usuários (em sua maioria, vagas de emprego) e solicita o preenchimento de formulários para coletar dados sensíveis, como CPF, conta bancária, data de nascimento, entre outros.
Já na invasão de contas, o criminoso obtém e-mails e senhas de contas na web, testa o login em plataformas de compra de carros usados e, ao obter resultado positivo para o login, insere anúncios falsos, para conseguir pagamentos antecipados ou testar cartões de créditos por meio da compra de pacotes de anúncios ou destaques de vendas. Já no anúncio falso são inseridos anúncios com preços e vantagens atrativos para obter pagamentos antecipados, geralmente com transferência a conta de terceiros.
Principais anúncios
A pesquisa mostra também que os modelos mais anunciados por golpistas foram Celta (12%), Corsa (10%) e Palio (8%), enquanto o maior número de anúncios fraudulentos citam as marcas Chevrolet (31%), Fiat (18%) e Volkswagen (12%). Já os principais anos de fabricação de automóveis fraudados são 2008 (9%), 2010 (6%) e 2005 (6%). Em todo Estado, o preço médio dos veículos anunciados pelos fraudadores em 2024 foi 7% menor em relação a 2023, alcançando R$ 27,3 mil.
Os dados são de um estudo inédito realizado pelas empresas participantes da Semana da Segurança, organizada anualmente pela OLX e que em sua quarta edição contou com a parceria de realização da Fenauto, entidade que representa as revendas de veículos usados. O levantamento analisou dados do mercado digital brasileiro, incluindo sites, aplicativos e contas digitais, em uma base de cerca de 20 milhões de contas abertas em plataformas online e 150 milhões de dispositivos cadastrados, entre celulares, tablets e computadores.
Os prejuízos dos consumidores são contabilizados considerando-se os anúncios fraudulentos identificados e barrados nas plataformas. Já a queda nas fraudes é atribuída a investimentos das plataformas em tecnologias voltadas para a prevenção de golpes e na educação dos usuários.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 08/01/2025, às 11:33.
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