São Paulo, 29/04/2020 - A Evoltz Participações, do fundo norte-americano TPG (Texas Pacific Group), assinou o contrato de compra da participação de 49,5% da Eletrobras na Manaus Transmissora de Energia (MTE), anunciado há cerca de dez dias. O valor total do negócio, corrigido pela Selic, deve ficar ao redor dos R$ 250 milhões. Dessa cifra, 10% têm de ser desembolsados após a assinatura do contrato.
Em caixa. Os recursos para pagar a Eletrobras já estão em caixa. Foram captados no ano passado em uma emissão de debêntures feita para ajustar a estrutura de capital da Evoltz e também aquisições. Os demais 90% serão pagos após a transação ser aprovada pelos órgãos reguladores e os credores, que incluem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco da Amazônia (Basa).
No meio da crise. O negócio chamou a atenção por ser concluído no meio da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, que paralisou boa parte das operações de fusão e aquisição em andamento. Contribuiu, sobretudo, o marco regulatório do setor de energia e ainda a força do regulador, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Garantia. A fatia na Manaus Transmissora é a segunda aquisição que a Evoltz faz em menos de um ano. Outras estariam na mira. O negócio é parte do processo feito pela Eletrobras no ano passado para vender participações societárias que não foram negociadas em um leilão anterior. Para arrematar o negócio, a Evoltz contou com seguro garantia (bid bond no jargão do mercado) da seguradora suíça Swiss Corporate Solutions, que tem o Bradesco como sócio no Brasil.
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