Foram necessários três anos, após a pandemia, para que os fabricantes de calçados retomassem o volume de produção anterior à crise sanitária global. Com a volta de boa parte das pessoas ao trabalho presencial ou híbrido, a expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) é superar os patamares históricos já em 2025.
Fortemente dependente do mercado interno, no qual historicamente são comercializados mais de 85% dos pares de calçados produzidos, o setor sofreu com as restrições ao comércio físico na pandemia. Para se ter uma ideia, em 2019, a indústria calçadista produziu 898 milhões de pares. No ano seguinte, quando boa parte da população estava em casa, o número caiu para 746 milhões de pares, quase 17% a menos.
Aos poucos, a produção foi crescendo: nos anos seguintes, foram 855 milhões, 886 milhões e 865 milhões de pares. Para 2024, a projeção é de que a fabricação de calçados aumente até 3,2%, alcançando mais de 890 milhões de pares produzidos. Já para 2025, a estimativa da entidade é de, finalmente, recuperar as perdas pós 2019, alcançando crescimento de até 1,9%, com a produção de 904 milhões de pares.
Emprego e renda impulsionam setor
Segundo a Abicalçados, a queda no desemprego e o aumento da renda do brasileiro ajudam neste cenário. “Entre janeiro e setembro, a entidade estima crescimento de mais de 9% no consumo doméstico de calçados, no qual também são computadas as importações”, afirma Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Abicalçados.
Assim, o setor tem grandes expectativas para a 3ª edição da BFSHOW, feira calçadista que tem mais de 290 marcas confirmadas. “O varejo precisa se abastecer, sobretudo pela proximidade com as festas de fim de ano, historicamente muito importantes para nossa indústria”, diz ele. A expectativa é receber mais de 10 mil compradores brasileiros e internacionais de todos os continentes, entre os dias 11 e 13 de novembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 28/10/2024, às 12:49.
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