Em um dos segmentos que mais crescem no País, as farmácias estão buscando startups para aumentarem a eficiência de seu negócio. A Farma Ventures, primeiro corporate venture builder dedicada ao varejo farmacêutico do Brasil, já tem em sua carteira 13 startups que oferecem soluções para otimização de estoques, logística, marketplace, entre outros serviços inovadores, com valor de mercado equivalente a R$ 70 milhões. Até o final deste ano, a Farma Ventures estima que essa carteira contará com 30 empresas.
O modelo de corporate venture builder tem como principal foco servir também como consultoria e prestação de serviços às startups, enquanto o venture capital tradicional se dá mais pela injeção de recursos nas empresas.
Farma Venture não aporta recursos diretamente em startups
Embora adquira participações minoritárias, a Farma Venture não aporta recursos diretamente nas startups, mas presta assessoria a essas empresas de gestão, governança para se profissionalizarem, crescerem e as conecta com a indústria farmacêutica.
Um fundo de R$ 6 milhões, constituído por investidores anjos interessados no setor, custeia a assessoria prestada pela Farma Venture às companhias nascentes. O fundo deve alcançar R$ 8 milhões. O objetivo é formar em cinco anos 30 startups com diferentes soluções e realizar os desinvestimentos em mais cinco anos. Os tickets médios das cotas variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
A Farma Ventures foi constituída em 2020 pela rede de farmácias Drogal, no interior de São Paulo, e Indiana, do Estado de Minas Gerais. As duas estão entre as 10 maiores redes de farmácias do Brasil.
Apesar de serem os idealizadores, o venture builder atua junto a toda a indústria. De acordo com o presidente da Farma Ventures, Giovanni Oliveira, as 27 maiores redes de farmácias do Brasil movimentaram mais de R$ 80 bilhões no ano passado, com índices de crescimento acima de 17%.
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