A SL Tools, fintech desenvolvedora de infraestrutura para negociação eletrônica de ativos mobiliários e financeiros, chega em 2025 pronta para entrar no mercado secundário de títulos de dívida emitidos por empresas. A SL Tools já tem um modelo de plataforma consolidado para negociação eletrônica de títulos públicos, disponível desde julho de 2023 e utilizado por nove grandes bancos e três corretoras, entre as quais a XP.
A fintech aguarda o credenciamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar no mercado de balcão organizado com títulos de crédito privado e a perspectiva é de sua obtenção ainda no primeiro bimestre. “Nosso foco em 2025 é a renda fixa, um mercado que, entre títulos privados e públicos, é sete vezes maior do que o de ações”, diz o cofundador da SL Tolls, André Duvivier.
Além disso, acrescenta, somente o crédito privado já alcançou o tamanho de ações e representa 70% dos investimentos das pessoas físicas e 65% das pessoas jurídicas. Na B3, há quase 20 milhões de pessoas que tem contas para negociar diretamente títulos públicos e privados. A maior parte dos negócios é, no entanto, feito por telefone ou ambientes privados, como chats.
“Acreditamos que tem espaço e manda para o mercado brasileiro se eletronificar, porque o número de ativos de crédito privado está crescendo exponencialmente, há mais de 5 mil códigos atualmente que, para negociação ao telefone ou chats, é complicado”, diz a responsável pela área de renda fixa da SLTools, Fernanda Crivelenti.
Empresa planeja entrar com pedido para criar bolsa
Outro plano para 2025 é entrar, mais próximo ao final do ano, com pedido de licença de bolsa para criação de infraestrutura para que agentes do mercado possam negociar ações em bloco (block trade) eletronicamente.
Embora à negociação de títulos de crédito privado e block trade sejam estruturas que a B3 está dando tração em sua estratégia de diversificação de serviços e produtos, Duvivier diz que seu objetivo não é bater de frente com a incumbente, mas de ocupar espaços. “Nossa trajetória não é exatamente competir com tudo o que tem B3, mas entrar onde ela não está presente de modo relevante”, diz.
Duvivier vê o cerco se apertando para a B3 já a partir do ano que vem, quando não está prevista a liberação de licenças de várias empresas operar em mercados da bolsa. “A competição que está entrando está bem organizada, cada um atacando uma área de mercado”, diz.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 26/12/2024, às 15:52.
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