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Bastidores do mundo dos negócios

Grupo de provedores ganha sócio e tem R$ 18,8 bi para disputar 5G

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Foto do author Circe Bonatelli
Iniciativa 5G teve adesão de 421 provedores, que têm 6 milhões de clientes  Foto: John Sibley/Reuters

O grupo de provedores regionais de internet denominado Iniciativa 5G está pronto para disputar o leilão que se aproxima. Nos últimos meses, empresários do setor articulavam a criação de uma entidade que representasse o interesse das várias operadoras de pequeno, médio e grande portes espalhadas pelo País e que, sozinhas, não têm bala na agulha para entrar no certame. As conversas deram resultado: 421 provedores aderiram à iniciativa. Juntos, têm 6 milhões de clientes em 2 mil cidades. E mais: conseguiram atrair um sócio financeiro para bancar a jornada, que vai custar pelo menos R$ 18,8 bilhões.

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Para isso, foi constituída uma empresa que será dona de um fundo com participação dos provedores e do agente financeiro - cujo nome é mantido em sigilo por questões contratuais, diz o coordenador da iniciativa, Rudinei Carlos Gerhart. O grupo mira os lotes nacionais das faixas de 700 Mhz, 3,5 Ghz e 26 Ghz. A ideia é criar uma rede a partir da qual os provedores poderão oferecer internet móvel 4G e 5G.

Os R$ 18,8 bilhões previstos abrangem pagamento de outorgas, obrigações estipuladas pelo edital e desembolsos com a exploração comercial ao longo de 20 anos da licença. Desse total, R$ 6,8 bilhões estão na faixa de 700 Mhz e R$ 12 bilhões na de 3,5 Ghz. O modelo de negócios para 26 Ghz não está definido e ficou de fora da conta.

"Os recursos do parceiro financeiro servem para custear todos esses desembolsos na linha do tempo, na proporção que ele terá na sociedade", afirma Gerhart. "Não será um investimento de curto prazo, mas sim dentro do roll out do cumprimento do plano".

Prazo para entrega termina amanhã

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A definição da estratégia veio a tempo. O prazo para entrega das propostas para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) termina amanhã, e a abertura dos envelopes será na semana que vem, em 4 de novembro.

Paralelamente, a Iniciativa 5G cobra da agência reguladora a apresentação da memória de cálculo que embasou as contrapartidas de investimentos definidas pelo edital. Segundo Gerhart, esse ponto não está totalmente claro e gera inseguranças se o volume dos aportes dos vencedores do leilão será, de fato, suficiente para cumprir certas metas - como a limpeza da faixa de 3,5 Ghz, atualmente ocupadas pelos sinais de TV aberta das antenas parabólicas.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 25/10/21, às 09h32.

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