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Bastidores do mundo dos negócios

Grupo Fictor cria empresa de pagamentos e terá cartão Amex e maquininhas

Holding expande atuação para além das áreas agrícola, de infraestrutura e energia

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Foto do author Altamiro Silva Junior
Atualização:
Amex pode ser uma opção adicional às bandeiras Visa e Mastercard, que dominam o mercado brasileiro, diz o CEO da FictorPay, Rodrigo Abdo Foto: Divulgação/American Express

O Grupo Fictor, holding que investe nos segmentos agrícola, de infraestrutura e de energia, e faturou R$ 2,2 bilhões no ano passado, criou um novo braço de atuação, a FictorPay, uma empresa de pagamentos e serviços financeiros, que terá, entre seus produtos, um cartão de crédito com a bandeira American Express e uma operação de maquininhas de cartão para lojistas.

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O grupo investiu R$ 40 milhões para criar a empreitada, que começou a ser desenvolvida em outubro do ano passado, em duas partes, uma de banco digital e outra de pagamentos. O primeiro passo foi pensar em um cartão de crédito, que será da bandeira Amex, com meta inicial de emissão de 15 mil plásticos por mês, conta o CEO do grupo, Rafael Góis.

Como não tem licenças do Banco Central para operar com serviços bancários ou empresa de pagamentos, a Fictor fez uma parceria com o Banco Genial e com a startup Aarin, comprada pelo Bradesco, e a Orbitall, que vai processar as operações do cartão Amex, uma das maiores bandeiras do mundo, mas que não tem a força das rivais no Brasil.

Bandeira pode ser terceira opção para classe média

Para a classe média, o cartão Amex pode ser uma opção adicional às bandeiras Visa e Mastercard, que dominam o mercado brasileiro, afirma o CEO da FictorPay, Ricardo Abdo, citando uma pesquisa feita pelo grupo no mercado. “Poucas pessoas topariam ter mais um Visa ou Master na carteira, mas estão suscetíveis à proposta de uma terceira bandeira internacional, ainda mais Amex.”

A outra parte da estratégia em cartões da FictorPay é uma empresa de “adquirência”, o nome técnico para as maquininhas de cartões, um mercado muito disputado e que passou por uma guerra de preço nos últimos anos. Na visão do grupo, esse mercado, dominado por cerca de oito empresas, como Cielo, PagSeguro, Stone, Getnet e Rede, ainda tem potencial, especialmente para empresas menores, com faturamento entre R$ 20 mil a R$ 500 mil por mês.

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Já clientes acima dessa faixa estão bem atendidos pelas credenciadoras que já existem, diz Abdo. O mesmo vale para clientes muito pequenos, como aqueles que faturam de R$ 10 mil a R$ 15 mil por mês, como profissionais liberais e ambulantes. Já no segmento de antecipação de recebíveis, o grupo fechou um acordo com a B3, que fará o registro das operações.

Meta é de R$ 1 bilhão em transações em 12 meses

Para operar em adquiriência, a FictorPay criou uma plataforma tecnológica própria para receber os cartões nas maquininhas e na internet e fez um acordo com Cielo, PagSeguro e Adiq, do Banco BS2. Assim, vai usar as licenças dessas companhias, ao invés de fazer o licenciamento direto nas bandeiras de cartões. Na operação de maquininhas, a meta é R$ 1 bilhão em transações em 12 meses.

Dentro do grupo, há ainda uma empresa de consignado para o setor público, que recentemente captou R$ 500 milhões em um fundo de recebíveis (FDIC). Este público é outro alvo para emissão dos cartões, conta o CEO da FictorPay. Por mês, o grupo já faz R$ 30 milhões em consignado e o objetivo é chegar a R$ 100 milhões ao final do ano.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 11/03/24, às 16h33

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