Depois de levantar R$ 130 milhões numa recente rodada de captação, o grupo Zelo, empresa de serviços funerários investida da gestora Crescera, vai destinar cerca de R$ 60 milhões para avanços em tecnologia e inovação. Os recursos serão voltados para uma vertente bem mais corriqueira do que o inusitado serviço prestado pela companhia: o foco é obter melhorias administrativas, como em venda digital, base de contratos e em sistemas de inteligência de clientes. Ou seja, nada que mude a essência dos cemitérios e crematórios sob administração do negócio.
Ainda assim, há algo de inédito na investida: a maior parte dos recursos (R$ 47 milhões) será financiada pela agência pública de inovação (Finep), na primeira operação voltada ao setor.
O grupo Zelo foi formado em 2017 a partir da fusão de duas funerárias mineiras e chamou a atenção de investidores profissionais ao apresentar uma tese semelhante à de negócios promissores nos setores mais tradicionais da economia: crescimento via aquisições e consolidação de um serviço pulverizado. A Crescera, que já apostou em empresas como Oba e Estapar, aportou mais de R$ 300 milhões no negócio.
Empresa está presente em 14 Estados
Em sete anos de operação, já foram incorporadas 55 empresas, em 14 Estados do País. Hoje, o Zelo é um dos maiores do setor, com 22 cemitérios e 4 milhões de vidas alcançadas nos planos funerários. No ano passado, faturou R$ 540 milhões e a expectativa é alcançar cerca de R$ 700 milhões neste ano.
A perspectiva é avançar com a agenda de aquisições. O grupo vê a atuação nacional como um diferencial no setor. Também aposta em agregar serviços. No plano funerário familiar, que custa R$ 59,90, por exemplo, há convênios de descontos em farmácias, compras online e serviços de telemedicina.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 05/11/2024, às 16:26.
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